22º Grito dos Excluídos
critica ‘sistema’
O Santuário Nacional de Aparecida deve receber 100 mil romeiros para o Grito dos Excluídos, hoje, feriado
da Independência, com a 20ª Romaria dos
Trabalhadores.
O bispo emérito de Blumenau (SC), dom
Angélico Sândalo Bernardino, vai presidir a celebração principal e
conduzirá a reflexão sobre o tema do Grito, “Este sistema é insuportável: exclui, degrada, mata”.
O tema, inspirado em frase do papa Francisco, dita durante o Encontro Mundial dos
Movimentos Populares, em julho de 2015, na Bolívia, vai servir de pano de
fundo para protestos contra o governo Temer marcados para hoje em pelo menos 17
capitais e no Distrito Federal.
Na ocasião, Francisco falou da urgência de romper o silêncio e lutar por mudanças
reais dentro do sistema capitalista, no sentido de denunciar as injustiças
e reduzir a exclusão.
O bispo de Barretos, d. Milton Kenan Júnior, membro
da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz,
da CNBB, afirmou em São Paulo, em entrevista coletiva sobre o Grito dos Excluídos, que a Igreja está com o povo na luta pela
conquista ou reconquista de seus direitos.
Movimentos
de luta pela terra também prometem mobilização contra o governo durante o Grito
dos Excluídos. Em São Paulo, o Movimento
Social de Luta (MSL) ocupou uma fazenda, ontem, no km 167 da rodovia Castelo
Branco, em Porangaba. O dono, João Momberg, disse que a propriedade é produtiva
e vai entrar com ação de reintegração de posse.
Fonte: O Estado de Minas, quarta-feira, 7 de setembro de 2016
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