terça-feira, 1 de abril de 2008

A quem interessa a Amazônia vazia?

Citando Rômulo Valdoni, coordenador indígena do governo estadual do Mato Grosso, o articulista do jornal e das revistas RDM e Centro-Oeste, Onofre Ribeiro (onofreribeiro@terra.com.br), afirmou que o “Mato Grosso é um barril de pólvora, com a pressão do MST, dos quilombolas e dos índios”.

O jornalista afirma que o estado possui 23 etnias indígenas, todas com as suas reservas demarcadas, e que ao mesmo tempo existem 21 projetos de ampliação dessas reservas, propostos pela Funai, com muitas aberrações sob pretextos inexplicáveis.

Para Onofre, se tais reservas forem ampliadas, alguns municípios no Vale do Araguaia desaparecerão, e outros em todas as regiões serão profundamente mutilados.

Grande número de propriedades legalizadas e tituladas pelo governo, com certidões de liberação da Funai, serão expropriadas e os donos não receberão indenizações, porque é tradição da Funai não pagar o que a lei determina.

Para o arguto jornalista, a questão indígena é apenas uma vertente do problema. A operação Curupira, em 2005, deu início a uma seqüência de operações policiais com um fim claro: desocupar a Amazônia de presenças humanas que não sejam os sem-terra e os chamados povos da floresta: garimpeiros, seringueiros e índios.

Segundo ele, o ex-deputado José Lacerda possui um trabalho mostrando todas as propostas de criação de parques naturais, reservas e ampliação de áreas indígenas, em estudos ou em andamento, que cercam e isolam completamente a Amazônia. Na prática, isso fará com que os habitantes vão embora da região.

São estudos da Funai, Ministério do Meio Ambiente e ONGs... Mas, a quem interessa a Amazônia vazia?

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