terça-feira, 12 de agosto de 2008

Agricultura brasileira engessada

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A quem aproveita?
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O Ministério da Agricultura promete mostrar que o 'engessamento' de nossa agricultura é maior do que se pensa. "Não tenho medo da extinção da floresta, mas da extinção da área agricultável", disse Reinhold Stephanes.
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Segundo ele, 70% de nosso território tem algum impedimento para a atividade agropecuária, como reservas indígenas, áreas de quilombolas, assentamentos da Reforma Agrária ou algum outro impedimento legal.
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O café de Minas Gerais, a uva do Rio Grande do Sul e as frutas em Santa Catarina não poderiam ser cultivadas onde estão hoje se a lei fosse cumprida integralmente, disse Stephanes.
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Sabe por quê? -- Tais culturas se encontram em áreas com declive, onde não poderiam ser usadas para o plantio.
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A lista de impedimentos foi citada na esteira das críticas feitas ao Decreto 6514, publicado em julho, que alterou a Lei de Crimes Ambientais.
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Um dos artigos do decreto exige a criação, em 120 dias, de reserva legal de 20% da área total das propriedades. A pena para o não-cumprimento da exigência será de R$ 50 a R$ 500 por hectare.
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Por sua vez, o deputado Valdir Colatto, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, afirmou que o decreto 6514 inviabiliza o agronegócio brasileiro.
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Já o secretário de Agricultura de São Paulo, João Sampaio, disse que a averbação de 20% das áreas de plantio é um ponto insano do decreto. Apenas em São Paulo, tal restrição impedirá a produção em 3,5 milhões de hectares.
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O presidente da ABAG, Carlo Lovatelli, criticou duramente o nível de preservação estabelecido pelo decreto, lembrando que o Brasil utiliza apenas 5% de seu território para alcançar suas safras recordes.
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Para Stephanes, temos 200 milhões de hectares como área de pastagem e 50 milhões de área de agricultura. Podemos disponibilizar 50 milhões da área de pastagem para a agricultura, sem ter de derrubar uma árvore.
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Fonte: Patrick Cruz e Bianca Ribeiro, do Valor Online
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