segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Aprendendo com a História

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O legado português para o Brasil
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Os espanhóis foram os primeiros europeus a chegar à Amazônia. Graças ao Tratado de Tordesilhas entraram no século XVI como senhores da região de fato e de direito. Toda a bacia amazônica estava praticamente em seus domínios.
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A incorporação da Amazônia ao território brasileiro não foi obra do acaso. Os caminhos pelos quais a Coroa Portuguesa conquistou territórios situados originalmente no domínio espanhol não foram aleatórios e sim recheados de estratégia geopolítica, meandros inesperados, heróicas surpresas, episódios ocultos, aventuras religiosas e guerreiras, e muita persistência.
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Para demonstrar tal verdade histórica, Evaristo de Miranda, cita o exemplo cristalino da vontade geopolítica portuguesa na Amazônia: o nome das cidades amazônicas.
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“No Brasil, em geral, as cidades e os acidentes geográficos têm seus nomes vinculados ao santo do dia de sua fundação ou descoberta seguindo o calendário litúrgico católico: Bahia de Todos os Santos, São Sebastião do Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Rio São Francisco.
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“Na Amazônia, não. Ali, as cidades reproduzem um mapa de Portugal. No Pará, Amazonas e Amapá, os nomes de cidades e municípios, por uma decisão política espelham localidades portuguesas: Belém, Bragança, Viseu, Barcelos, Santarém.
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“Esses nomes são como marco de pedra, difíceis de apagar, na geografia simbólica e na história da Amazônia luso-brasileira." (Cf.Evaristo Eduardo de Miranda, Quando o Amazonas corria para o Pacífico, Editora Vozes, Petrópolis, 2007).
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Ao longo dos séculos XVII, XVIII e XIX, os luso-brasileiros ergueram em pontos estratégicos da Amazônia um total de 35 obras de arquitetura militar, como fortalezas e fortins. O Forte do Presépio, por exemplo, que deu origem à atual cidade de Belém (PA), foi iniciado em 1616 por Francisco Caldeira Castello Branco.
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