segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Sanha do politicamente correto

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Índios e infanticídio
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Em artigo de imprensa, Denis Rosenfield critica a sanha do politicamente correto que acomete o Brasil. Exemplifica com o indigenismo exacerbado que termina por atentar contra a Constituição.
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Salienta que relatos de infanticídios entre os indígenas são admitidos em nome da igualdade entre culturas. Em terra ianomâmi, tudo indica que se trata de uma prática comum.
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Esses índios são os que vivem mais à parte da civilização. O argumento de que amplas extensões de terras são fundamentais para a sua reprodução física parece não se sustentar, dadas as suas condições precárias de vida.
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Citando palavras de um interlocutor, Rosenfield diz: “Matar ou não um recém-nascido é uma ‘decisão dos pais’. Ou seja, cabe ao livre-arbítrio dos pais manter ou não em vida um recém-nascido”.
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Para Rosenfield, quem sustenta o infanticídio como prática cultural pactua com um crime severamente punido pela legislação brasileira. Os índios são tratados como se não fossem brasileiros.
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E continua: “Como a Constituição não se aplicaria a eles, estando suas aldeias situadas em território nacional e sendo auxiliados, e mesmo apoiados, por instituições do Estado?”
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O autor vai além: há relatos de que o infanticídio seria cometido com o conhecimento de missionárias ali instaladas. As mulheres vão para o mato antes do parto, voltando sem o recém-nascido.
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A morte é feita com a mãe asfixiando a criança no chão, com o pé. A situação não poderia ser mais escandalosa, pois esse tipo de conivência contraria frontalmente os princípios do cristianismo.
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Como pode uma prática dita cultural se sobrepor a um princípio universal? Por que não reintroduzir a antropofagia em nome da "igualdade" entre diferentes culturas?
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A situação deveria suscitar a indignação moral. Em nome de uma "prática cultural", haveria conivência com o assassinato de recém-nascidos, como se esta prática devesse ser "culturalmente" preservada.
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Trata-se de uma manobra política perante a opinião pública brasileira, que desaprovaria tal prática se dela tivesse conhecimento. Vendem, porém, um outro produto, o de que os indígenas são "bons selvagens".
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A opinião pública condena severamente o infanticídio. A menina [Isabela] que teria sido assassinada pelo pai e pela madrasta ocupou durante semanas o noticiário da mídia, causando indignação geral.
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Fonte: OESP, 05 de Janeiro de 2009

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