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"Daqui, só saio morto"
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O desembargador J. Meguerian coordena a “desintrusão” na Raposa/Serra do Sol. Seu QG está montado nas instalações turísticas do aprazível Lago Caracaranã, na fronteira com a Guiana, cujo proprietário ali nasceu há 86 anos e está sendo expulso da terra onde nasceu, quis viver e morrer.
Mas a vida não está sendo fácil para o Magistrado. Ali mesmo, junto ao lago, tenta convencer a dois casais idosos – 75-77 anos a abandonar suas terras. Eles se recusam a sair alegando não terem recebido nenhuma indenização, não têm para onde ir nem casa para morar, nem recursos financeiros.
Os desdobramentos continuam imprevisíveis e ninguém pode afirmar como e quando vai terminar o imbroglio. Outro, dos vários idosos que moram na região, não quer sair porque é filho de branco e de índia, dizendo claro para Meguerian que, "daqui, só saio morto".
São 28 pequenos fazendeiros que possuem em média 200 cabeças de bois cada e que não arredam o pé do lugar onde nasceram. Até o segundo dia da “desintrusão”, Meguerian não conseguiu convencer ninguém a sair pacificamente.
Ele se encontra sem argumentos melhores que: - uma ordem judicial, a Polícia Federal e as tropas da Força Nacional numa truculenta operação de guerra muito bem armada e municiada.
O relator do STF, Ayres Brito, nada sabe de pecuária, de agricultura e, menos ainda, de miscigenação racial. Bateu o martelo numa data que lhe veio à cabeça, talvez pensando fosse rápido e fácil retirar bens pessoais sem ter para onde levá-los, além de milhares de bois e eqüinos.
Talvez pensasse que bastaria empurrar tudo pelas estradas, pois assim deve ser no Piauí onde se cria cabritos. Mas a logística para o gado e cavalo é bem outra. E não há em Roraima, no momento, caminhões suficientes para fazer tantas mudanças e transportar tantos animais.
Abusada como sempre, a União não indenizou, não ‘assentou’, não promoveu o transporte dos bens nem do gado.
Mas a vida não está sendo fácil para o Magistrado. Ali mesmo, junto ao lago, tenta convencer a dois casais idosos – 75-77 anos a abandonar suas terras. Eles se recusam a sair alegando não terem recebido nenhuma indenização, não têm para onde ir nem casa para morar, nem recursos financeiros.
Os desdobramentos continuam imprevisíveis e ninguém pode afirmar como e quando vai terminar o imbroglio. Outro, dos vários idosos que moram na região, não quer sair porque é filho de branco e de índia, dizendo claro para Meguerian que, "daqui, só saio morto".
São 28 pequenos fazendeiros que possuem em média 200 cabeças de bois cada e que não arredam o pé do lugar onde nasceram. Até o segundo dia da “desintrusão”, Meguerian não conseguiu convencer ninguém a sair pacificamente.
Ele se encontra sem argumentos melhores que: - uma ordem judicial, a Polícia Federal e as tropas da Força Nacional numa truculenta operação de guerra muito bem armada e municiada.
O relator do STF, Ayres Brito, nada sabe de pecuária, de agricultura e, menos ainda, de miscigenação racial. Bateu o martelo numa data que lhe veio à cabeça, talvez pensando fosse rápido e fácil retirar bens pessoais sem ter para onde levá-los, além de milhares de bois e eqüinos.
Talvez pensasse que bastaria empurrar tudo pelas estradas, pois assim deve ser no Piauí onde se cria cabritos. Mas a logística para o gado e cavalo é bem outra. E não há em Roraima, no momento, caminhões suficientes para fazer tantas mudanças e transportar tantos animais.
Abusada como sempre, a União não indenizou, não ‘assentou’, não promoveu o transporte dos bens nem do gado.
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A União impõe apenas que as pessoas idosas e desamparadas saiam a pé, e o quanto antes, enfrentando 40, 50, 60 km até a cidade mais próxima. E deixando tudo para trás!... Que nome dar a isso? Ai dos vencidos!
Fonte: izidropiloto@ oi.com.br
Fonte: izidropiloto@ oi.com.br
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