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A safra agropecuária, a “crise” e
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Aristóteles (III)
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Helio Brambilla
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Encontrando-me em Campo Grande (MS) para participar da exposição agropecuária, encontrei num sebo uma boa edição de 1955 da obra Política, de Aristóteles. Leia comigo o que aquele filósofo dizia há mais de 2.000 anos no parágrafo 16 da página 29, texto que a meu ver se encaixa como uma luva para explicar a “crise” e o papel do agronegócio brasileiro em face dela:
“§ 16. Muitas vezes considera-se como riqueza a abundância de metais cunhados, porque tal abundância representa o objeto da ciência da indústria e do pequeno comércio.
Encontrando-me em Campo Grande (MS) para participar da exposição agropecuária, encontrei num sebo uma boa edição de 1955 da obra Política, de Aristóteles. Leia comigo o que aquele filósofo dizia há mais de 2.000 anos no parágrafo 16 da página 29, texto que a meu ver se encaixa como uma luva para explicar a “crise” e o papel do agronegócio brasileiro em face dela:
“§ 16. Muitas vezes considera-se como riqueza a abundância de metais cunhados, porque tal abundância representa o objeto da ciência da indústria e do pequeno comércio.
"Por outro lado, vê-se a moeda como uma vã brincadeira sem qualquer fundamento natural, pois que aqueles mesmos que dela fazem uso podem realizar outras convenções, e a moeda deixará de ter valor ou utilidade, e a um homem rico em metais cunhados faltarão os gêneros de primeira necessidade.
"Estranha riqueza aquela que, por maior que seja não impede que seu possuidor morra de fome – como aquele Midas da fábula, cujo desejo cúpido transformava em ouro todas as iguarias que lhe eram servidas.”
No tempo dele só havia moedas de metal que, dependendo do metal com que fora confeccionada, ainda tinha algum valor intrínseco. – O que ele diria das “papeladas” que circulam hoje pelas bolsas do mundo ou dos papéis-moeda sem nenhum lastro?
Se, como já dissemos inúmeras vezes, os governantes brasileiros tivessem aplicado as propostas sugeridas pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em apoio à agricultura, hoje o Brasil estaria entre as primeiras nações do mundo.
Os especialistas apontam que o saldo do agronegócio brasileiro na primeira década do século XXI ultrapassará U$ 400 bilhões. Não fosse o déficit de outros setores, teríamos hoje o dobro de nossas reservas internacionais.
A senadora e hoje presidente da CNA, Kátia Abreu, denunciou recentemente que dos R$ 200 bilhões do “pacote” anti-crise do governo, apenas 8% foram para a agropecuária. A quase totalidade desse montante foi para salvar bancos, montadoras de veículos e empresas de construção civil.
Por ocasião da recente reunião dos países do G-20, o presidente Lula disse que sorria diante do que parecia uma ironia do destino, pois que havia participado em São Paulo de muitas passeatas carregando bandeiras contra o FMI e agora o Brasil está emprestando dinheiro à instituição!
O Presidente parece ter razão, pois foi de fato uma façanha o crescimento do Brasil. Mas ele omitiu a razão principal desse resultado: o agronegócio. Com efeito, este prosperou graças ao suor de denodados brasileiros que na aventura e na incerteza se lançaram na abertura de novas fronteiras agrícolas.
Enquanto isso, no asfalto e sob intensos holofotes midiáticos, alguns líderes políticos agitavam as portas das fábricas do ABC, outros partiam para a luta armada, outros pichavam os muros contra o FMI, contra o imperialismo, contra os donos da e ESSO de petróleo na pessoa de Nelson Rockefeller...
Isso mesmo, enquanto alguns soltavam bombas no Consulado dos EUA ou seqüestravam seu embaixador, dois jovens goianos se esforçavam, transformando-se nos atuais donos das maiores redes frigoríficas daquele país e a maior do mundo!
Estes e outros brasileiros empreendedores são paradigmas de bons negócios, tendo chegado neste âmbito ao topo da pirâmide. Temos, porém, de fazer justiça a milhões de outros produtores que no anonimato de suas propriedades grandes, médias ou pequenas trabalham de sol a sol para o engrandecimento de nosso Brasil.
No tempo dele só havia moedas de metal que, dependendo do metal com que fora confeccionada, ainda tinha algum valor intrínseco. – O que ele diria das “papeladas” que circulam hoje pelas bolsas do mundo ou dos papéis-moeda sem nenhum lastro?
Se, como já dissemos inúmeras vezes, os governantes brasileiros tivessem aplicado as propostas sugeridas pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em apoio à agricultura, hoje o Brasil estaria entre as primeiras nações do mundo.
Os especialistas apontam que o saldo do agronegócio brasileiro na primeira década do século XXI ultrapassará U$ 400 bilhões. Não fosse o déficit de outros setores, teríamos hoje o dobro de nossas reservas internacionais.
A senadora e hoje presidente da CNA, Kátia Abreu, denunciou recentemente que dos R$ 200 bilhões do “pacote” anti-crise do governo, apenas 8% foram para a agropecuária. A quase totalidade desse montante foi para salvar bancos, montadoras de veículos e empresas de construção civil.
Por ocasião da recente reunião dos países do G-20, o presidente Lula disse que sorria diante do que parecia uma ironia do destino, pois que havia participado em São Paulo de muitas passeatas carregando bandeiras contra o FMI e agora o Brasil está emprestando dinheiro à instituição!
O Presidente parece ter razão, pois foi de fato uma façanha o crescimento do Brasil. Mas ele omitiu a razão principal desse resultado: o agronegócio. Com efeito, este prosperou graças ao suor de denodados brasileiros que na aventura e na incerteza se lançaram na abertura de novas fronteiras agrícolas.
Enquanto isso, no asfalto e sob intensos holofotes midiáticos, alguns líderes políticos agitavam as portas das fábricas do ABC, outros partiam para a luta armada, outros pichavam os muros contra o FMI, contra o imperialismo, contra os donos da e ESSO de petróleo na pessoa de Nelson Rockefeller...
Isso mesmo, enquanto alguns soltavam bombas no Consulado dos EUA ou seqüestravam seu embaixador, dois jovens goianos se esforçavam, transformando-se nos atuais donos das maiores redes frigoríficas daquele país e a maior do mundo!
Estes e outros brasileiros empreendedores são paradigmas de bons negócios, tendo chegado neste âmbito ao topo da pirâmide. Temos, porém, de fazer justiça a milhões de outros produtores que no anonimato de suas propriedades grandes, médias ou pequenas trabalham de sol a sol para o engrandecimento de nosso Brasil.
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