sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O homem do campo (I)

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Ao leitor,
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Para desconforto nosso, este Blog não tem perdoado os desatinos da CPT - Comissão Pastoral da Terra, nem os do CIMI - Conselho Missionário Indigenista, órgãos ligados ao episcopado nacional em relação aos seus infundados ataques à propriedade privada e aos proprietários rurais.
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Deparando-nos com interessante matéria da lavra de um Sacerdote católico sobre o homem do campo, com satisfação este Blog estampará em suas páginas, a começar de hoje, uma série de três artigos alusivos ao homem do campo.
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Lição das coisas...
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Pe. David Francisquini
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Como de costume, este ano já percorri a região rural de meu município no pastoreio das almas que me foram confiadas. Com alegria, pude notar que a paisagem contrastava com a do ano anterior. A terra ressequida, batida e nua deu lugar a vegetação, pois chovera praticamente o ano todo, o que deixa o homem do campo feliz da vida.
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O ambiente acolhedor, calmo, distendido e aprazível foi sempre ocasião para boas e longas conversas, motivo de entretenimento e descanso, longe do frenesi, da agitação e da eletricidade que grassa nas megalópoles modernas, e que se estendem até as cidades de porte bem menor.
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Nelas, o prazer parece se encontrar ora nas altas velocidades das barulhentas motocicletas e carros, ora em permanecer horas a fio diante da TV e da internet ou dos jogos eletrônicos. Distanciados disso, há ainda os que se ajuntam nos botequins para se embriagarem, ocasião para desavenças e até homicídios.
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Tal a saturação da cidade que basta um feriadão para que as estradas fiquem insuportáveis, pois as pessoas procuram alívio para suas almas aflitas. Outrora era ocasião para freqüentarem as festas religiosas, assistirem às missas, participarem das procissões, pois aprendiam que a verdadeira felicidade só se encontrava em Deus.
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Era ocasião também das visitas entre amigos e parentes para se irmanarem no seio das famílias constituídas e, ao matar saudades, gozarem de uma verdadeira felicidade que é calma e, casta. Hoje, as pessoas procuram desenfreadamente as praias, e toda sorte de divertimentos neo-pagãos.
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Na medida em que percorria o território rural de minha paróquia, foi vincando no meu espírito o pensamento sobre quantas almas se perdiam por ali por não procurarem os sacramentos e a vida religiosa. Mas uma coisa era clara, a diferença entre o homem do campo e o da cidade. O camponês ainda pensa e conversa.
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Eles têm suas falhas, como a falta de freqüência a religião e o relaxamento na indumentária. Mas conversam sobre temas com profundidade e precisão surpreende quer pela elevação quer pela sabedoria, fazendo lembrar o entretenimento que Nosso Senhor teve com temas como a semente lançada na terra, a ceifa, os lírios dos campos, a videira, a mostarda, os pássaros, o pastor de ovelhas, a serpente. E até a galinha e seus pintainhos.
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Todo esse panorama em que homem fica envolto no meio rural serve de lição para o reino dos céus. Não precisa ser um finório observador para perceber quanto o camponês tira de lições para a vida. O contato com a terra tem seus momentos difíceis, mas leva com freqüência a meditar e a relacionar as coisas com Deus.
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Voltarei ao tema.
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