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“Sozinho produzo comida para 100 mil pessoas!”
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Hélio Brambilla
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Hélio Brambilla
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Soa como boa música as palavras deste desbravador que se ufana de alimentar tanta gente. Ele não fala com orgulho, mas com altivez. Secundado pela família e pelos funcionários, atinge índices impressionantes de produtividade.
Soa como boa música as palavras deste desbravador que se ufana de alimentar tanta gente. Ele não fala com orgulho, mas com altivez. Secundado pela família e pelos funcionários, atinge índices impressionantes de produtividade.
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Na verdade, um amigo me informara que uns mega-caminhões – 18 de uma só vez – carregaram numa determinada fazenda cerca de mil toneladas de feijão. Os motoristas – que tinham almoçado com os 1.300 funcionários do local – comentaram ter comido muito bem. A excelente qualidade do que é servido advém da supervisão de nutricionistas.
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Na verdade, um amigo me informara que uns mega-caminhões – 18 de uma só vez – carregaram numa determinada fazenda cerca de mil toneladas de feijão. Os motoristas – que tinham almoçado com os 1.300 funcionários do local – comentaram ter comido muito bem. A excelente qualidade do que é servido advém da supervisão de nutricionistas.
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Com freqüência o proprietário almoça com os seus funcionários, assiste com eles às missas que marcam o início da safra, e participam com as respectivas famílias das “quadrilhas de São João”. Enquanto isso, outras quadrilhas – estas sem aspas – dançam alhures o “forroubo” com o dinheiro do povo.
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Enquanto o produtor, saído do Sul com diploma de agronomia e a roupa do corpo é tratado como vilão, apesar de alimentar 100 mil pessoas, os quadrilheiros – em geral sem diploma e o guarda-roupa cheio de grifes – fazem fortuna à custa do contribuinte.
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Quousque Domine, quousque Domine, bradava o profeta bíblico. Até quando Senhor... Até quando Senhor?!
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Deixemos a indignação um pouco de lado e voltemos aos fatos! O nosso produtor acima referido produziu, na recente safra de feijão, um verdadeiro recorde nacional e até mundial.
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Seus 19 pivôs de irrigação foram responsáveis por uma média de 64,8 sacas/hectare. Assim, de 125 hectares plantados ele retirou 1.539.000 sacas, o equivalente para carregar 231 mega-caminhões bitrens que enfileirados perfariam uma extensão de 10 quilômetros!
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Em outras fazendas ele ainda produz café, soja, algodão, milho, trigo, bois em confinamento e um dos maiores plantéis suínos do Brasil. (Continua no próximo post)
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