quinta-feira, 31 de março de 2011

“A mão que planta é a mesma que preserva”

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Miragens do Oriente e

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xseus reflexos no Brasil
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Paulo Henrique Chaves

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Na edição anterior, descrevemos algumas miragens do convulsionado Oriente Médio e seus reflexos no Brasil. Dizíamos que se fechadas – ainda que temporariamente – pelos árabes as torneiras do petróleo para o mundo, isso nos daria oportunidade única de fazer deslanchar o etanol, combustível limpo e renovável.

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Nesse ínterim já no Extremo Oriente, o Japão foi parcialmente destruído por um grande terremoto seguido de tsunami. E enquanto cientistas e palpiteiros continuam procurando a causa última daquele desastre natural, as ondas telúricas que sacudiram o estóico Império do Sol Nascente reverberaram não acidentalmente no Brasil.

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Por exemplo, através de uma afetuosa charge na qual o mineiro João Marcos retrata com delicadeza – eu diria até com bondade ­­– a tragédia no Japão: uma menina junto a um mastro de cuja bandeira branca destacou-se o sol, com lágrimas nos olhos o abraça, segurando-o com todas as suas forças, a fim de impedir que o astro-rei – símbolo do Japão – soçobre ao impulso das forças da natureza.

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Mas a repercussão da tragédia japonesa não se restringiu à manifestação bondosa de nosso povo, expressa na referida charge. Não podendo atribuir a razão última da catástrofe à justiça de Deus, muitos a buscam num deus panteísta – a “mãe” Terra, que inconformada com o procedimento de seus “filhos”, resolve puni-los para que deixem de cometer atentados contra ela.

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Atua nesse sentido a Campanha da Fraternidade de 2011. Em vez de tratar das questões morais e religiosas que tanto têm deteriorado a nossa sociedade, ela se centra em temas ambientais destituídos de qualquer base científica; além de confundir os fiéis com a linguagem panteísta da “religião verde”, suprimindo de suas propostas o Criador do Universo, Deus Nosso Senhor!

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Mas voltemos aos nossos canaviais. Já nessa primeira semana de abril deverá ser votado no Congresso o Código Florestal e Ambiental. Dele dependerá o futuro não apenas do etanol, mas de toda a nossa florescente agropecuária, em cuja defesa pugna o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança através de Paz no Campo.

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Como coordenador dessa campanha, Dom Bertrand aponta o Estado brasileiro como grande produtor de leis e eficientíssimo cobrador de impostos, que transfere de modo insensato para o produtor rural todo o ônus de uma pretensa melhoria do meio ambiente, quando tal custo deveria recair sobre toda a sociedade.

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O Príncipe Imperial afirma que a discussão sobre o novo Código Ambiental não se restringe a uma disputa entre ambientalistas e produtores rurais. O homem do campo ama e defende a natureza criada por Deus; ele mesmo depende do meio ambiente e da preservação da água e do solo. Daí o slogan ruralista em Brasília: “A mão que planta é a mesma que preserva”. x

E mais. Embora a grande poluição venha das cidades, só o ruralista vem sendo criminalizado. O debate apaixonado sobre o tema revela apenas a ponta do iceberg de divergências profundas e pouco explicitadas sobre a civilização e o progresso. Chega-se ao absurdo de no entulho ambientalista haver mais de 16 mil dispositivos!

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Vamos multiplicar forças para afastar tais ameaças de nossa agropecuária! Vamos garantir o nosso futuro com alimentação abundante para o nosso povo! Se não houver reação, o Brasil passará num futuro próximo de exportador de alimentos a importador, exatamente no momento em que o mundo mais precisa de nossa produção.

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