O que está em jogo no debate do Código Florestal não
são novos desmatamentos
A proteção das florestas e o impedimento da abertura de novas áreas estão contemplados, ao contrário do que argumentam ambientalistas desavisados. O impasse reside na punição a quem já derrubou árvore para plantar lavoura e criar gado.
No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, as pequenas propriedades avançaram sobre as reservas, para transformar em renda cada hectare.
Na Amazônia e no Pantanal, a soja e a cana tomaram lugar da vegetação nativa.
Como a legislação é uma colcha de retalhos, costurada por mudanças na lei ao longo dos anos, cada um fez o que quis. Um novo Código Florestal é necessário para estabelecer regras claras a quem produz alimentos e a quem fiscaliza, tendo como meta o menor impacto ambiental possível.
A grande falácia em toda essa polêmica é a alegação do Planalto de que sofre pressão internacional. Nenhum mercado deixará de importar alimentos do Brasil se o relatório for aprovado.
Sem radicalismos, a votação do código precisa atender aos interesses de produtores, ambientalistas e consumidores brasileiros. É difícil, mas é possível equilibrar a forte vocação agrícola com preservação ambiental.
Fonte: Zero Hora/ Carolina Bahia
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