segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Agropecuária: um seguro anticrise



O que os citadinos devem saber

O saldo da balança comercial em 2012 foi o pior em 10 anos, com US$ 19,4 bilhões, um tombo de 34,8% em relação ao ano anterior. Esse resultado teria sido ainda menor não fosse o superávit anual das exportações da agropecuária, de US$ 79,4 bilhões.

Em outras palavras, um único setor da economia financiou US$ 60 bilhões do rombo dos demais. Ajudou a cobrir os US$ 22,2 bilhões gastos pelos turistas brasileiros no exterior.


As exportações recuaram 5,3% no ano passado, para US$ 242,58 bilhões, a primeira queda desde 2009. Mas US$ 96 bilhões, ou 40% das vendas externas, foram garantidos pelo campo.

E mais: quase metade das reservas cambiais do país, um seguro anticrise superior a US$ 360 bilhões, saiu do campo.
 
Kátia Abreu, da CNA, ressalta que o agronegócio é o segmento que mais contribui para o desenvolvimento nacional. “Há anos, o campo é responsável pelos sucessivos superávits da balança comercial e por 30% dos empregos formais”, sublinha.


Para Otaviano Canuto, do Bird, o setor não pode sequer ser mais chamado de primário, em razão da complexidade de processos que incorpora.

Na competição internacional pelo mercado de alimentos, algumas perspectivas também se modificaram nos últimos anos.

Apesar de ser apontada como promissora, a agricultura africana continua com baixa competitividade.

Um mito vencido foi o de que a cana-de-açúcar é uma ameaça ao meio ambiente: 

“Trata-se de uma política estratégica do Brasil, de busca da independência energética e a favor da economia verde, sem qualquer risco para a Amazônia e o Pantanal”, afirma o chefe da Embrapa Agroenergia, Manoel Teixeira Souza Júnior.

Fonte: Correio Braziliense, 24 de fevereiro de 2013 Sílvio Ribas.

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