O que os citadinos devem saber
O
saldo da balança comercial em 2012 foi o pior em 10 anos, com US$
19,4 bilhões, um tombo de 34,8% em relação ao ano anterior. Esse resultado
teria sido ainda menor não fosse o superávit anual das exportações da
agropecuária, de US$ 79,4 bilhões.
Em outras palavras, um único setor da economia financiou US$ 60 bilhões do
rombo dos demais. Ajudou a cobrir os US$ 22,2 bilhões gastos pelos turistas
brasileiros no exterior.
As
exportações recuaram 5,3% no ano passado, para US$ 242,58 bilhões, a primeira
queda desde 2009. Mas US$ 96 bilhões, ou 40% das vendas externas, foram
garantidos pelo campo.
E
mais: quase metade das reservas cambiais do país, um seguro anticrise superior a US$ 360 bilhões, saiu do campo.
Kátia Abreu, da CNA, ressalta que o agronegócio é o segmento que
mais contribui para o desenvolvimento nacional. “Há anos, o campo é responsável
pelos sucessivos superávits da balança comercial e por 30% dos empregos
formais”, sublinha.
Para
Otaviano Canuto, do Bird, o setor não pode sequer ser mais chamado de primário,
em razão da complexidade de processos que incorpora.
Na
competição internacional pelo mercado de alimentos, algumas perspectivas também
se modificaram nos últimos anos.
Apesar
de ser apontada como promissora, a agricultura africana continua com baixa
competitividade.
Um
mito vencido foi o de que a cana-de-açúcar é uma ameaça ao meio ambiente:
“Trata-se de uma política estratégica do Brasil, de busca da independência
energética e a favor da economia verde, sem qualquer risco para a Amazônia e o
Pantanal”, afirma o chefe da Embrapa Agroenergia, Manoel Teixeira Souza Júnior.
Fonte: Correio Braziliense, 24 de fevereiro de 2013 Sílvio Ribas.
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