A carranca de Dilma Rousseff,
eternizada no vídeo de 25 segundos, confirmou a regra sem exceções: a
primeira vaia ninguém esquece.
Ontem, a presidente em campanha pela
reeleição baixou em Campo Grande para entregar 300 ônibus escolares, plantar promessas e colher a
gratidão dos prefeitos de 78 cidades de Mato Grosso do Sul beneficiadas pela
doação federal.
Confiantes nas pesquisas encomendadas
a comerciantes de estatísticas, os organizadores do comício esqueceram de
providenciar a plateia ensaiada para aplaudir a campeã de popularidade. Deu no
que deu.
Um ato de protesto que juntou
centenas de produtores rurais apresentou Dilma ao Brasil real. O vídeo que já
nasceu histórico só registra os apupos que sublinharam a saudação do prefeito
de Campo Grande, Alcides Bernal, à “melhor presidenta do país”.
A coisa foi muito pior. A vaia
começou quando foi anunciada a presença da superexecutiva de araque. E permeou
a discurseira de quase 50 minutos em dilmês primitivo, sublinhada por alusões à
manifestação hostil que só um Celso Arnaldo conseguirá decifrar.
Por exemplo:
“Tem gente que acha
que democracia é ausência de uns querendo uma coisa e outros querendo outra.
Não é, não. Democracia é o fato de que há diferenças e de que a gente convive
com elas, procura um ponto de equilíbrio e resolve as coisas. Eu não tenho
problema nenhum, podem falar sem problema nenhum, só deixem eu concluir aqui o
meu finalzinho, que eu estou no fim”.
O que estava no fim era mais um
parágrafo sem pé nem cabeça. Para a oradora, mal começou a descoberta do Brasil
real. Foi só a primeira vaia.
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