quinta-feira, 11 de abril de 2013

Excertos de uma fecunda entrevista



Respostas de prícipe
Nilo Fujimoto
Por ocasião do lançamento em Belo Horizonte de seu livro Psicose Ambientalista, o príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança concedeu uma longa entrevista à jornalista Mírian Pinheiro, do “Estado de Minas”, a qual foi publicada na edição de domingo, 7 de abril 2013, sob o título “Predador ou jardineiro?”
Apresentando o egrégio autor como “grande liderança do setor agropecuário” e de “brigar feio com quem chama ecoterroristas”, a jornalista lhe fez perguntas que iam desde os trabalhos de pesquisa para a elaboração do livro até sobre se o Príncipe acreditava que suas duras reflexões poderiam mudar o cenário atual.
E, como verá o leitor, Mírian recebeu respostas principescas, tanto pela elevação quanto pela objetividade.
–  Eu creio que, mais do que dizer que as reflexões por mim feitas no livro possam parecer duras, elas são verazes e realistas. Doloroso mesmo é ver propor quimeras que poderão reduzir o Brasil e o mundo a um estado de miséria, consequência que decorreria da aplicação de desatinados postulados pseudo-ecológicos.
A metamorfose das esquerdas acarretou uma vantagem suplementar para elas: a roupagem ambientalista, que substituiu o “vermelho” do comunismo pelo “verde” do ecologismo e que vem conseguindo enganar até alguns dos mais cautos, além de captar facilmente a benevolência de muitos desprevenidos.
É um autentico cavalo de troia, “presente de grego”, que essas esquerdas oferecem ao Brasil e ao mundo. Por amor ao Brasil, cabe-nos denunciar tal embuste e alertar para que se evite a introdução desse cavalo de troia em nossa cidadela.
À quase inevitável pergunta sobre a inexistência de comprovação científica do aquecimento antropogênico, se isso queria dizer não existir aquecimento, Dom Bertrand responde com as palavras de um cientista brasileiro:
– O professor José Carlos Almeida de Azevedo, doutor em física pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), apontava muito bem que não há proporção entre a ação humana e a da natureza. O homem não tem possibilidade de mudar o clima, porque a ordem de grandeza é fantástica. Como se pode achar que o homem tenha influência sobre as forças da natureza, diante de tudo que está aí há milhões de anos?
A natureza está aí dessa maneira, e deve continuar ainda do mesmo jeito por outros milhões de anos. Muita coisa influi no clima, e o homem tem que descobrir maneiras de conviver com as mudanças climáticas. As grandes migrações humanas ocorreram, em primeiro lugar, por causa do clima. O clima mudou, as temperaturas oscilaram, as águas foram embora, escoaram para outro lugar. E as populações mudaram e passaram a conviver com outros climas. Se não houvesse tais alterações, todos nós ainda estaríamos morando na África. Toda a humanidade estaria vivendo lá, num continente que em grande parte é hoje um deserto.
A entrevistadora pediu explicações ao ilustre entrevistado sobre os termos “ecoterristas”, “ecoxiitas” utilizadas no seu livro para designar determinados ambientalistas imbuídos do espírito igualitário, que tentam estabelecer uma sociedade utópica através de falsos alarmismos. Se isso não caracterizaria radicalismo de sua parte.
Ao que Dom Bertrand respondeu que o epíteto de radical não o constrangia, pois se origina da palavra ‘raiz’. E que tratar dos problemas até as suas raízes é uma virtude, e foi isso o que ele procurou fazer.
As 16 perguntas e respostas ocuparam uma página inteira do jornal da capital mineira. A última pergunta com a sua respectiva resposta eu a transcrevo ipsis verbis:
Explique-nos sobre a chamada psicose ambientalista que o Sr. diz “querer conduzir o Brasil e o mundo para um verdadeiro suicídio coletivo”.
– A pseudo ecologia radical e dogmática, qualificada como religião ecológica por cientistas sérios e renomados, desencadeou essa psicose ambientalista. Sob o pretexto de salvar a natureza, na verdade ela viola gravemente o direito de propriedade, cerceia a produção agropecuária e impõe limites ao legítimo e necessário progresso econômico de todas as camadas da população. Algumas correntes mais radicais chegam a pregar o decrescimento do progresso, a diminuição da população e até mesmo o absurdo da extinção da raça humana. Na visão desses pseudo-ecologistas o homem seria o grande “predador da natureza”. Na nossa visão católica, o homem é chamado a ser o “jardineiro de Deus”.

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