Igualitarismo, “canal estratégico” das esquerdas
Leo
Daniele
Quatro pares de olhos, presumivelmente três de homens e um de mulher; mas quanta igualdade de natureza! Quanta desigualdade em todo o restante!
A diferença entre os olhares é tão grande, que mesmo os dois olhos da mesma pessoa são diferentes entre si. Por detrás deles, quanta diversidade nas concepções, nas preocupações, na inteligência, na sensibilidade, na saúde, na beleza, na cultura, etc., etc.! Que sentido faz tratar os homens de maneira igual?
Nos
últimos dias de seu governo, o ex-presidente Lula da Silva lançou o Plano
Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3)\ em direção ao governo seguinte, que
deveria ser o da presidente Dilma Rousseff. Logo em suas primeiras linhas, o
extenso documento afirma:
“A
educação em Direitos Humanos, como canal estratégico capaz de produzir uma
sociedade igualitária, extrapola o direito à educação permanente e de
qualidade. A educação e a cultura em Direitos Humanos visam à formação de nova
mentalidade coletiva”.
Portanto,
afirma o Sr. Lula da Silva que por esse canal estratégico dos direitos humanos
navega a nau da igualdade. É um governo que confessa não se esmerar
especialmente na “educação permanente e de qualidade” ‒ ela extrapola suas
metas ‒ mas se vai empenhar na formação de “nova mentalidade”, tais como o
fizeram os governos nazistas, socialistas e outros.
Sabemos
qual vem a ser essa nova mentalidade: a que visa a uma sociedade igualitária,
como o PNDH-3 reconhece.
Frontalmente contrário a esta concepção, Plinio Corrêa de Oliveira, que o ilustre intelectual italiano
Giovanni Cantoni enaltece como o teólogo das desigualdades sociais, afirma
ousadamente:
“O
fato mais importante de nossos dias é uma imensa Revolução igualitária, que
dirige em seu benefício o curso de todos os acontecimentos, visando à igualdade
completa, por meios ora graduais e pacíficos, ora abertos e brutais“.[1]
Neste
canal estratégico, o navio do PNDH-3, em suas quase 80 páginas, põe em cheque a
Igreja Católica. Estimula a luta de classes, de grupos e de raças. Investe
contra a família e a moralidade do povo, de forma agressiva. Intenta
desmoralizar o Judiciário e o sistema de segurança pública.
Vai contra a
propriedade privada, estabelecida em dois Mandamentos. Procura deitar a garra
totalitária nos meios de comunicação social. Conduz ao caos a produção
econômica, hostilizando sua ponta de lança, que no momento é a agricultura e a
pecuária em grande escala.
Tenta colocar a Nação debaixo de um tacão
totalitário, sob a vigilância de conselhos populares (soviets), onipresentes e
de atribuições indefinidas.
O
jornalista Charles Moore, do Daliy Telegraphy, afirma com razão que a igualdade
é a nova super ideologia de nosso tempo.
Para
o PNDH-3, a educação em Direitos Humanos seria o “canal estratégico capaz de produzir
uma sociedade igualitária”. No canal estratégico, o igualitarismo é vital para
os dois lados, embora de maneiras diferentes: para uns, a fim de o adorar como
uma espécie de ídolo, para os outros, a fim de o reprovar e encontrar a ordem.
A Esquerda o admite furiosamente. Nada de olhos e olhares diferentes, como os
que se veem no início deste artigo! Foi um erro, da natureza, pensam. A
Direita, muitas vezes um pouco sonolenta, geralmente não é igualitária. Mas
para a Direita ou para a Esquerda, o problema da igualdade ou da desigualdade
sempre é o ponto chave: o canal estratégico.
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