QUESTÕES
INDÍGENAS
Aumentou nos últimos
dias o nível de tensão entre grupos indígenas e produtores rurais de Mato
Grosso do Sul, por causa de disputas fundiárias.
Declarações belicosas e
ameaças estão se tornando tão frequentes que um grupo de organizações indígenas
e indigenistas quer a imediata intervenção federal no Estado.
O pedido foi
encaminhado à presidente da república por meio de carta aberta. O documento foi
assinado por 17 organizações, encabeçadas pelo Conselho Indigenista Missionário
(Cimi), ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
De acordo
com o texto, em nome da defesa de suas propriedades contra invasões, chamada de
resistência, os produtores rurais estariam organizando milícias particulares, o
que atentaria contra o Estado de Direito.
Ainda de acordo com o
texto, o objetivo real dos proprietários seria impedir a demarcação das terras
indígenas. “É contra a realização de laudos e perícias pela Funai (Fundação
Nacional do Índio).
É contra a organização política dos indígenas, que avançam
na retomada de seus territórios tradicionais, frente à morosidade do Estado e
da Justiça, de toda a violência que vem sofrendo, das mãos das forças policiais
estaduais e federais, e das seguranças privadas ‘legais’ ou ilegais que atuam
na região”, diz o documento.
“A dita ‘resistência’ é, a rigor, contra a vida
destas pessoas.” A íntegra da Carta
Aberta pode ser lida no site do Instituto Socioambiental, organização que
também é signatária. Para ter acesso, clique aqui.
Roldão Arruda
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