... setor agropecuário
Há mais de 50 anos o Prof.
Plinio Corrêa de Oliveira denunciara através das páginas da revista Catolicismo
e da imprensa, de livros e manifestos que a Reforma Agrária socialista e
confiscatória, o que lhe custara, aliás, ferrenhos ataques da esquerda católica
e mesmo de alguns produtores rurais mais desavisados.
Com efeito, poderia ter
ocorrido entre os menos politizados a visão um tanto ingênua de imaginar
tratar-se de iniciativa que viesse – sobretudo sob a capa de ‘reforma’ –
resolver muitos problemas que poderiam alavancar nossa agropecuária com
produção e renda para proprietários e trabalhadores rurais.
Foram muitas matérias e
livros demonstrando ad nauseam que
por trás da “Reforma Agrária” se ocultava a violação do direito de propriedade,
através da luta de classes – trabalhadores
rurais x patrões – objetivo
último do socialo-comunismo. Concorria para essa demagógica Reforma qualquer
objurgatória que viesse a tisnar a até então respeitável figura do fazendeiro.
A luta foi – e ainda
continua a ser – renhida entre os patronos da implantação da Reforma Agrária e
os defensores da propriedade privada, da livre iniciativa e do princípio da
subsidiariedade. Luta desigual, aliás, pois ao coro dos demagogos de plantão
favoráveis à revolução no campo se encontrava a Conferência Nacional dos Bispos
e boa parte da mídia.
Cabe ressaltar que, em boa
medida, foi implantada a Reforma Agrária – hoje existem quase 100 milhões de
hectares de terras agro-reformados com os chamados projetos de assentamentos onde os ditos sem-terra, lotados pelo
governo, se estabelecerem. Contudo, hoje, sabemos todos que essa dispendiosa
política redundou em deploráveis favelas rurais.
Com a proliferação delas, o
tempo deu razão ao clarividente Prof. Plinio Corrêa de Oliveira e a corrente de
pensamento por ele idealizada. Seu elevado custo ao longo desses 50 anos,
através de órgãos como o mastodôntico INCRA e até de um Ministério só para a
propalada Reforma, representou e ainda representa verdadeiro ralo de dinheiro
dos impostos.
E por ironia do destino,
enquanto os assentados continuam sem terra, colhendo miséria e desolação – pois
as terras são públicas como os kolkozes
soviéticos, não lhes pertencem e não lhes pertencerão – os proprietários
particulares se sobressaem a cada safra com recordes de produção devido à
pujança do agronegócio.
(continua no próximo post)
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