Diga-me com quem andas...
O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado
Cabello, afirmou hoje (24), que a deputada Maria Corina
Machado, uma das líderes dos protestos contra Maduro,
"não é mais deputada" por ter aceitado o cargo de representante
alternativa do Panamá para pedir a palavra durante uma sessão da OEA.
Segundo Cabello, Corina infringiu o artigo 191 da Constituição, que proíbe exercer qualquer cargo público sem perder o
mandato, salvo em atividades docentes, acadêmicas, acidentais ou assistenciais,
sempre que não suponham dedicação exclusiva.
"Sr. Cabello: eu sou deputada da Assembleia Nacional enquanto o
povo quiser", tuitou María Corina, afirmando que viajou para o Peru.
"Ela aceitou e exerceu o cargo oferecido pelo governo hostil do
Panamá", disse Cabello. "Estamos dando instruções neste momento para
que essa senhora não pise na Assembleia Nacional como deputada nesta
legislatura. Não tem mais imunidade parlamentar e pode ser investigada
diretamente por traição à Pátria."
Ao retornar de Washington, onde não conseguiu apresentar a versão da
oposição sobre os fatos ocorridos na Venezuela diante da OEA, Corina foi detida por 1h30 no dia
22 em uma sala do Aeroporto de Caracas.
Uma vez liberada, seu carro foi
seguido por dois veículos e uma moto do Serviço Bolivariano de Inteligência
(Sebin) na via que liga Maiquetía a Caracas. Um deles tentou trombar com seu
veículo, mas acabou se chocando com outro carro, segundo sua assessoria de
imprensa. / AP e EFE
O Estado de S. Paulo
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