Indigenóid e suspeito de
envolvimen to em assassinat o de agricultor é
espancado por populares na Bahia
espancado por populares na Bahia
Josivaldo de Jesus Souza foi espancado por
populares na manhã da ultima sexta-feira (30), em um ponto de ônibus da cidade
de Buerarema, no sul da Bahia. Pessoas acusaram Josivaldo de participação no
assassinato do agricultor Juraci Santana, que lutava contra a demarcação da
Terra Indígena Tupinambá de Olivença.
Segundo informações
da delegacia do município, Josivaldo descia de um ônibus quando foi abordado e
agredido pelas pessoas por volta de 10h30 da manhã de sexta. A polícia chegou a
tempo de evitar o linchamento. Depois de receber atendimento médico, o índio
foi encaminhado à Delegacia de Ilhéus e liberado após prestar depoimento.
O conflito entre agricultores e índios na região da
Serra do Padeiro se intensificou depois que os índios organizaram milícias e
começaram a invadir propriedades e expulsar os produtores rurais como forma de
forçar o Governo a demarcar a terra.
Em fevereiro agricultor Juraci Santana foi
assassinado. Juraci era assentado da reforma agrária e liderava a resistência
contra a demarcação uma vez que o assentamento onde morava havia sido incluído
pela Funai na área demarcada.
Depois do assassinato de Juraci, moradores de
Buerarema realizaram um protesto que durou cerca de 10 horas na BR-101. Os
manifestantes destruíram parte da pista que corta a cidade e ameaçaram explodir
uma ponte com dinamites.
A Funai e os índios exigem uma área de 47,3 mil
hectares na região ocupado por centenas de agricultores. A área foi delimitada
pela Funai em 2009.
Desde então, os índios cobram que o Ministério da Justiça
expeça a portaria declaratória, reconhecendo-a como território tradicional
indígena. Feito isso, ainda será preciso aguardar que a Presidência da
República homologue a área e expulse os agricultores.
Mais de cem propriedades já foram invadidas pelos
índios em Buerarema, Una, São José da Vitória, e Ilhéus. O movimento de invasão
de propriedade é confirmado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Eis que a antropologia está logrando inventar uma guerra étnica no Brasil.
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