Um documento excepcional
Gregorio Vivanco Lopes
Começo por lembrar as imensas manifestações ocorridas
em junho/julho de 2013. A nota tônica delas consistiu num imenso
descontentamento em relação aos rumos pelos quais o Brasil estava sendo
conduzido por seus dirigentes.
Nada, porém, foi feito para atender ou pelo menos
minorar tal descontentamento. Pelo contrário.
Tentou-se, de um lado, desmoralizar os reclamos de
junho através da multiplicação exacerbada de manifestações menores, altamente
agressivas e antipáticas, como as dos black
blocks, dos chamados “sem-teto”, dos indígenas (verdadeiros ou postiços), e
assim outras.
Fazendo com que os cidadãos de bem se sentissem inibidos de
continuar seus protestos, pelo medo de serem implicados em violências
descabidas ou reivindicações estranhas a seu descontentamento.
Ao mesmo tempo, o governo tentou cooptar o movimento
de junho insinuando subtilmente no panorama pontos do ideário socialista, e
procurando aplicá-los como se correspondessem às reivindicações dos
manifestantes.
Na elaboração dessa miragem, segundo a qual as
manifestações visariam sobretudo favorecer a esquerda, a presidente passou a
receber militantes dos movimentos impropriamente chamados “sociais” (muitos
deles, na verdade, são anti-sociais), como se tais agremiações representassem a
multidão que saiu às ruas!
Assim, chegamos às eleições de 2014 vendo alargar-se a
impressionante fratura entre o País real e o País legal.
***
É nesse panorama pré-eleitoral que surge agora um
documento exponencial pelo acerto de suas observações, pela coerência de sua
argumentação e pelos rumos que aponta com clareza e precisão.
Referimo-nos ao comunicado que o Instituto Plinio
Corrêa de Oliveira acaba de lançar a propósito do próximo pleito.
Após descrever o atual quadro político e eleitoral
conturbado, o documento mostra como o mundo político erra o alvo de sua
pontaria publicitária ao apresentar apenas candidatos majoritariamente de
esquerda.
Com isso, a esquerda, no poder ou fora dele, se isola
diante de um público que caminha do desagrado para o ressentimento, ante
projetos políticos todos semelhantes, sem originalidade, explica o comunicado.
O documento se detém sobre as nefastas consequências
do Decreto presidencial 8243, referente aos conselhos populares, mais
conhecidos como soviets, que buscam impor uma falaciosa “democracia direta”.
Disserta ainda sobre as perigosas utopias das Reformas Agrária e Urbana, bem
como sobre as desastrosas demarcações de terras indígenas e quilombolas.
No aspecto moral, defende a vida contra o aborto e
denuncia os líderes dos movimentos pró-homossexualismo que trabalham por uma
“verdadeira revolução moral e religiosa”, e “pretendem criminalizar todos os
que se opõem a sua agenda”, qualificando-os de homofóbicos.
O documento aponta, por fim, a estranha omissão da
CNBB ante esse panorama e termina alertando para o risco de se “deixar sem voz
e sem vez a grande maioria centrista e conservadora” do povo brasileiro.
Recomendo insistentemente a todos, leiam a íntegra
desse exponencial comunicado em:
http://ipco.org.br/ipco/noticias/eleicao-presidencial-o-brasil-ante-o-perigo-esquerdista-e-o-vacuo-politico#.VCTIppUtDDc
(*) Gregorio Vivanco Lopes é advogado e colaborador da
ABIM
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