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Cerca
de 40 lideranças indígenas do Mato Grosso do Sul devem desembarcar em
Brasília essa semana para pressionar os ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF) e autoridades federais. O grupo pedirá que o STF suspenda
reintegrações de posse e autorize os índios a continuarem em áreas
invadidas no estado. Os índios querem ainda a revisão das decisões
recentes que anularam demarcações de terras indígenas com base no
julgamento da Raposa Serra do Sol.
Não se sabe quem organiza e financia a viagem dos índios. O grupo
pretende exigir do Governo a retomada das demarcações e a regularização
das terras indígenas suspensas pelo Governo. Os índios pretendem dizer
aos ministros do STF que pretender morrer se o Governo não tomar a terra
dos agricultores para acomodá-los.
O grupo também fará pressão contra as 19 condicionantes para as
demarcações estabelecidas pelo STF durante o julgamento da demarcação da
Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. De acordo com a
carta de intenções dos indígenas, ao usar o marco temporal de 1988 para
caracterizar a ocupação indígena, "o próprio STF determina a
dizimação e extermínio dos povos indígenas Guarani e Kaiowá no Mato
Grosso do Sul".
Essas manifestações dos indigenistas no judiciário costuma ter um efeito
devastador na cabeça dos ministros. Ninguém gosta de ser colocado como
algoz, nem de encarar suas "vítimas". Os indigenistas usam
esses estereótipos para fazer a cabeça da justiça.
Os indigenistas estão movendo os índios na defesa dos seus interesses. E
os agricultores, o que fazem?
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