O trabalhador e o partido dito dos
trabalhadores
Temendo uma reedição do panelaço durante
fala de Dilma Rousseff na TV, integrantes do governo avaliam cancelar o
tradicional pronunciamento da presidente no 1º de maio, Dia do Trabalho.
A Folha apurou
que auxiliares da presidente sugerem que ela só se exponha quando a crise
política e econômica arrefecer, o que, na avaliação deles, não acontecerá no
curto prazo.
O ex-presidente Lula
da Silva, o marqueteiro João Santana e o ministro Edinho Silva são alguns dos que defendem que a presidente não discurse. Dilma
ainda avalia a questão.
Em entrevista em abril, Edinho
disse que a petista não se assustaria com protestos contra sua administração.
Para que a data não passe em
branco, uma ideia é que a presidente faça algum anúncio em evento oficial e
deixe a fala na TV para um ministro. Se o pronunciamento não ocorrer, será a
primeira vez que Dilma não irá à televisão no 1º de maio desde que assumiu o
governo, em 2011.
Em sua estreia, ela anunciou o
programa "Brasil Sem Miséria". No ano seguinte, atacou bancos e
cobrou a redução de juros. Em 2013, ela falou na televisão que estava comprometida
com o combate à inflação.
No ano passado, meses antes da
eleição, a petista anunciou ajuste de 10% no Bolsa Família. O pronunciamento
foi alvo da oposição, que classificou a fala da petista de propaganda
antecipada.
O Planalto foi surpreendido com
panelaços no pronunciamento de Dilma na TV no Dia Internacional da Mulher. Para
petistas, o discurso turbinou manifestações uma semana depois.
FSP
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