RIO DE JANEIRO - O PT terminou seu 5º Congresso Nacional sem que
saibamos bem se o partido está com ou contra o ajuste de Dilma e Levy; se
rejeita ou não o dinheiro privado para campanhas; se insistirá na aliança com o
PMDB ou buscará alternativas para rompê-la.
É aterrorizante ver como está instável uma legenda que ocupa a Presidência há quase 13 anos. Mas o mesmo acontece com outras, a começar pelo PSDB, que agora luta contra o que defendia (reeleição, ajuste fiscal) e submete seus votos às armações ilimitadas de Eduardo Cunha.
Não há crise na política ou no PT – entendendo por crise uma fase passageira depois da qual se retornará, com possíveis alterações, à situação anterior. Não há para onde voltar.
No atacado mundial, o sistema tradicional de representação política está agonizando. Nos estertores, arriscam-se saídas altamente criativas (como as novas forças da Espanha) ou tenta-se prorrogar ao máximo o arbítrio (Venezuela e muitos países africanos).
No varejo brasileiro, a camarilha da Câmara corre para aumentar mandatos, poderes e obscurantismos antes que insatisfações da população e investigações do Ministério Público a acuem ou até a desbaratem.
O PT constituiu-se, desde sua fundação, em baliza política e ética para se pensar –concordando ou discordando– todos os temas da nossa vida pública. Essa missão histórica foi fragilizada em nome da vitória a qualquer custo (e que custo!). Ruiu a baliza, e com ela esfacelou-se uma divisão de campos ideológicos que ainda se estruturava no país. A desorientação do PT deixou tontos também os opositores.
Estamos na hora do monturo. Manda quem entende mais de lixo. O vazio da política é ocupado pela política do vazio. O mau cheiro não é de crise, mas de morte mesmo. Só assim para algo realmente novo nascer.
É aterrorizante ver como está instável uma legenda que ocupa a Presidência há quase 13 anos. Mas o mesmo acontece com outras, a começar pelo PSDB, que agora luta contra o que defendia (reeleição, ajuste fiscal) e submete seus votos às armações ilimitadas de Eduardo Cunha.
Não há crise na política ou no PT – entendendo por crise uma fase passageira depois da qual se retornará, com possíveis alterações, à situação anterior. Não há para onde voltar.
No atacado mundial, o sistema tradicional de representação política está agonizando. Nos estertores, arriscam-se saídas altamente criativas (como as novas forças da Espanha) ou tenta-se prorrogar ao máximo o arbítrio (Venezuela e muitos países africanos).
No varejo brasileiro, a camarilha da Câmara corre para aumentar mandatos, poderes e obscurantismos antes que insatisfações da população e investigações do Ministério Público a acuem ou até a desbaratem.
O PT constituiu-se, desde sua fundação, em baliza política e ética para se pensar –concordando ou discordando– todos os temas da nossa vida pública. Essa missão histórica foi fragilizada em nome da vitória a qualquer custo (e que custo!). Ruiu a baliza, e com ela esfacelou-se uma divisão de campos ideológicos que ainda se estruturava no país. A desorientação do PT deixou tontos também os opositores.
Estamos na hora do monturo. Manda quem entende mais de lixo. O vazio da política é ocupado pela política do vazio. O mau cheiro não é de crise, mas de morte mesmo. Só assim para algo realmente novo nascer.
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