Dilma e Cabello, braço-direito de
Maduro e acusado de tráfico de drogas pelo ex-segurança. Fonte: FOLHA
Primeira notícia:
O
dirigente opositor venezuelano Leopoldo López, líder do partido Vontade Popular
(VP), completou ontem três semanas de greve de fome, iniciada para exigir,
principalmente, a liberdade dos mais de 80 presos políticos no país e a
definição da data em que serão realizadas as próximas eleições legislativas,
este ano, além do fim da perseguição e da censura.
López
está detido desde fevereiro de 2014 na prisão militar de Ramo Verde, e a
deterioração de seu estado de saúde preocupa a família, a oposição venezuelana,
Igreja, governos estrangeiros, movimentos sociais, organizações internacionais
e até mesmo o Vaticano. As pressões internacionais e gestos de solidariedade
são cada vez mais intensos.
Segundo
meios de comunicação locais, pelo menos cem venezuelanos, entre eles vários
presos, somaram-se à greve de fome lançada por López. Seus familiares, após
três semanas de isolamento (o dirigente foi castigado por ter um celular em sua
cela), foram novamente autorizados a entrar na prisão no fim de semana passado.
[...]
—
Precisamos da ajuda internacional, principalmente de países como o Brasil, para
que possa ser alcançada uma saída pacífica para esta crise. Nossas demandas são
democráticas e sensatas — defendeu Vecchio.
— O
Brasil deve entender que esta perseguição tem um lado político e outro humanitário.
Esta campanha não pode ser justa se Maduro prende opositores — enfatizou
Vecchio. — Fazemos um chamado ao governo Dilma: o Brasil pode ajudar para que a
saída seja pacífica.
A
mãe de Leopoldo endossa o chamado:
— Na
Cúpula das Américas, ela (Dilma Rousseff) disse que não podem existir presos
políticos numa democracia. Esperamos que a presidente brasileira faça uma
intermediação.
Segunda notícia:
Nos
últimos dias, Adriana e Diana López, irmãs de Leopoldo López, recolheram quase
32 mil assinaturas a favor de uma inspeção internacional nas prisões
venezuelanas. Ambas solicitam audiência a autoridades da Organização de Estados
Americanos (OEA) e da União de Nações Sul-americanas (Unasul).
Ao
GLOBO, Adriana, que vive nos EUA, denunciou que “os mais de 80 presos políticos
venezuelanos estão sendo tratados de forma desumana”. Um dia após a mãe,
Antonieta, ter visitado López depois de três semanas de isolamento, Adriana
assegurou que ele está “muito magro, perdeu musculatura, mas continua sereno e
disciplinado”.
Terceira notícia:
A
presidente Dilma Rousseff recebeu, sem registrar na agenda oficial, o
presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, na
sexta-feira (12) no Palácio da Alvorada.
Apesar
de o Planalto ter evitado noticiar o encontro, a reunião ganhou destaque no
site do Legislativo venezuelano, que exibiu neste sábado (13) imagens de Dilma
ao lado do segundo nome mais importante do chavismo.
Cabello
esteve no Brasil comandando uma “comitiva de alto nível enviada pelo presidente
Nicolás Maduro”, segundo descrição do site venezuelano.
Dilma, como sabemos, recusou-se a receber as esposas dos presos
políticos, que tentaram audiência com o governo. Pois é, caro leitor, fica bem
claro de qual lado está o governo Dilma nessa história toda. Se fosse neutro já
seria indecente, imoral. Mas nem isso é.
Toma partido, e toma o partido errado,
do ditador venezuelano, do tiranete que persegue opositores, que prende pessoas
por criticarem seu governo fracassado. Greve de fome? Isso não sensibiliza o PT
quando não é algum terrorista ou bandido fazendo.
Esqueceram da reação de Lula ao visitar Cuba durante a morte de um preso
político que fazia greve de fome? O ex-presidente comparou o dissidente
político, cujo único “crime” fora discordar do regime ditatorial de Fidel, aos
bandidos comuns presos em São Paulo!
É assim que o PT reage aos que lutam
contra as ditaduras dos seus camaradas. E ainda tenta vender a imagem de que
defende a democracia!
Quem ainda consegue fingir que os petistas têm verdadeiro apreço pelo
regime democrático? O que fizeram no congresso de Salvador semana passada?
Ovacionaram por minutos o ex-tesoureiro do partido, preso e acusado de
corrupção.
O PT oficialmente, na voz de seu presidente, e endossado pelos membros
no congresso, aplaude a corrupção e cospe na democracia. Afinal, os desvios do
petrolão foram para perpetuar o partido no poder, um projeto “nobre”, que tudo
justifica.
Sei que posso parecer repetitivo às vezes, mas é que os petistas não
cansam de insistir nos mesmos pontos. Logo, preciso repetir uma vez mais: hoje
em dia, diante de tudo que já veio à tona, quem ainda defende o PT sofre de
sérios desvios de caráter.
Não há mais explicação alternativa!
Rodrigo
Constantino
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