domingo, 6 de dezembro de 2015

Índios paraguaios manipulados para fraudar aposentadorias rurais...-




Em duas operações, realizadas em Mato Grosso do Sul, Maranhão e Piauí, a PF desbaratou esquemas de fraudes em aposentadorias que totalizaram R$ 15 milhões

Índios eram recrutados no Paraguai para fraudar aposentadoria rural
Marcelo Casal Júnior/Agência Brasil


Em duas ações distintas, realizadas em estados diferentes, 14 pessoas foram presas nesta terça-feira (25) por práticas de crimes previdenciários. Uma das operações da Polícia Federal que mais chamou a atenção dos investigadores foi a denominada Coiote Kaiowá. 
Para fraudar aposentadorias, os donos de uma financeira, em Mato Grosso do Sul, traziam índios do Paraguai para receberem benefícios como se fossem brasileiros. Nesse caso, o prejuízo para o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) foi de R$ 4 milhões. Na outra ação da PF, desencadeada no Maranhão e Piauí, as irregularidades somaram R$ 11 milhões.
Na Operação Coiote Kaiowá, desencadeada em Amambai e Aral Moreira, no interior de Mato Grosso do Sul, as fraudes envolviam um casal proprietário de uma financeira e um ex-chefe de uma aldeia indígena da região. Eles falsificavam certidões de atividade rural da Funai (Fundação Nacional do Índio) e registravam índios paraguaios como se fossem brasileiros. 
Além disso, eram expedidos documentos de indígenas que não existiam, cujas aposentadorias ficavam para os envolvidos, assim como faziam empréstimos consignados fraudulentos. Com a apreensão de grande quantidade de documentos, a PF acredita que o valor das irregularidades seja bem maior do que o apurado até agora. Quatro pessoas foram presas.      
Quilópode

Na Operação Quilópode, realizada em sete cidades do Maranhão e em Teresina, a Polícia Federal está cumprindo 10 mandados de prisão desde a manhã desta terça-feira de envolvidos também em crimes previdenciários. 
O esquema envolvia fraudes em benefícios de Amparo Social ao Idoso, cujas titulares eram fantasmas. O grupo, segundo a PF, atuava desde 2010 e contava, com a participação de um servidor do INSS, responsável pela concessão das aposentadorias, além de funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Correios.
 O nome da Operação Quilópode é uma alusão à palavra de origem grega que significa aquela que tem mil patas, uma forma de demonstrar a ramificação do grupo criminoso. 

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