Plano é inviabilizar Temer, diz Stédile, dirigente
do MST
João Pedro Stédile é um dos
fundadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) (foto: Valter
Campanato/Agência Brasil )
Após a admissão do pedido de impeachment, o plano dos
movimentos sociais agora é promover uma paralisação geral, com o objetivo de inviabilizar um possível governo Temer,
afirmou Stédile em entrevista à TV Brasil.
Para Stédile, quem articula o que ele
chamou de “golpe” contra Dilma é uma parcela da burguesia que deseja a implantação de medidas neoliberais que os movimentos sociais
"não aceitarão".
“Neste momento, temos que barrar o golpe e inviabilizar o
governo Temer”, afirmou Stédile na entrevista, que foi ao ar ontem (19) à
noite. Os movimentos reunidos sob a Frente Brasil Popular, entre eles grandes
centrais sindicais, como a CUT, reúnem-se entre hoje e amanhã para definir uma
data para uma eventual paralisação geral.
Perguntado se diante do desemprego crescente, os trabalhadores iriam aderir a
um greve geral, Stédile respondeu: “É esse o termômetro que nós vamos levantar
amanhã [hoje (20)]. Eu acho que tem muitos sindicatos que têm base organizada
nas fábricas, como no ABC Paulista, no Vale do Paraíba.
No Rio de Janeiro, os
petroleiros da Petrobras, se quiserem, param o a Petrobras.
Nós, na
agricultura, temos condição de parar, parar as estradas, o transporte de mercadorias.”
O dirigente do MST reconheceu que os
movimentos sociais não conseguiram angariar adesão expressiva
da grande “massa” às manifestações contra o afastamento de Dilma,
mas acredita que a juventude deva reagir.
“Se nós conseguirmos barrar o impeachment no Senado, na verdade o governo Dilma
de 2014 e 2015 acabou. Nós teremos um outro governo, coordenado pelo Lula, que
até nos movimentos populares, nós brincamos que vai ser o Lula 3, porque ele
que vai ter que coordenar, e vai ter que reformar o ministério, e vai ter que
adotar um outra politica econômica.”
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