Unasul e Vaticano pedem fim da troca de acusações
na Venezuela
Quito, 16 Nov 2016 (AFP) - Os mediadores do diálogo entre o governo da
Venezuela e a oposição pediram, ontem (16), que "se ponha fim
à campanha de desqualificações públicas" para fazer avançar o processo que
busca reverter a crise política e econômica no país.
"Fazemos um apelo a todas as autoridades políticas do Governo Nacional e
da Mesa de Unidade Democrática (MUD) para que respeitem o espírito e o conteúdo
da Declaração Conjunta 'Conviver em Paz' (aprovada em 12 de novembro)",
afirma um comunicado divulgado pela secretaria da Unasul.
O documento inclui o pedido para que "se ponha fim à campanha de
desqualificações públicas que não contribuem para a convivência pacífica"
na Venezuela, com o objetivo de "preservar as conquistas" [socialistas, das prateleiras vazias, das prisões políticas, da ditadura???] alcançados
até agora.
A secretaria-geral da Unasul, o representante do Vaticano, monsenhor
Claudio María Celli, e os ex-presidentes Leonel Fernández, José Luis Rodríguez
Zapatero e Martín Torrijos acompanham o diálogo entre o governo e a oposição.
No sábado passado, ambas as partes se comprometeram a manter "uma
convivência pacífica, respeitosa e construtiva", de modo a encontrar um
caminho para solucionar a crise.
Nos acordos anunciados, não há menção à exigência [por que não?] da oposição de reativar um
referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro, ou de antecipar
eleições para o primeiro trimestre de 2017.
A próxima reunião entre os delegados do governo e da oposição está prevista
para 6 de dezembro.
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