Tribo brasileira indemnizada por danos espirituais
provocados por queda de avião
Indígenas reclamavam quatro milhões de reais devido
a um acidente aéreo em 2006, alegando que a zona onde habitavam ficou
contaminada pelo combustível e que os espíritos das vítimas tinham permanecido
no local.
Raoni Metuktire, líder da tribo, ganhou fama nos
anos 80 ao acompanhar Sting numa digressão mundial para apelar à preservação da
Amazónia
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· Uma das maiores companhias aéreas brasileiras, a Gol, vai pagar quatro
milhões de reais (quase 1,2 milhões de euros) a uma tribo indígena devido à
queda de um avião em 2006, na qual morreram 154 pessoas, entre as quais um português.
Um avião comercial da companhia colidiu, em pleno voo, contra um jacto
privado por cima da reserva da tribo Caiapó, na floresta da Amazónia. Os
indígenas deixaram a zona, recusando-se a regressar, mas alegando que a região
onde habitavam ficou contaminada pelo combustível das aeronaves e marcada pelo
sangue e presença dos espíritos das vítimas, noticia uma reportagem do programa Fantástico da
Globo.
Os destroços do avião da Gol continuam no local. Por isso, os indígenas
pediram uma indemnização por danos espirituais. Mas o pedido de compensação
financeira engloba danos materiais, devido à destruição de várias habitações e
de um centro de saúde.
Na altura do acidente o jacto privado, um Embraer Legacy 600, estava a
viajar rumo aos EUA e conseguiu aterrar em segurança num aeroporto nas
proximidades depois de embater na asa do Boeing da Gol, que se despenhou na
zona de Mato Grosso, na Amazónia, vitimando as 154 pessoas a bordo.
O Ministério Público brasileiro, a companhia aérea e os representantes
da tribo chegaram a um acordo inédito para que fosse pago a compensação
financeira total exigida.
Público(Portugal)
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