Caos em estrada na Amazônia ameaça
escoamento da safra brasileira de grãos
As fortes chuvas na Amazônia causaram a interrupção do tráfego pela
BR-163, no Pará. Segundo informações do Departamento Nacional de Infraestrutura
de Transporte (DNIT), mais de dois mil caminhões estão parados entre os
quilômetros 539 e 574 da rodovia, entre as cidades de Santa Luzia e Novo
Progresso. A BR-163 é o único meio de acesso da soja de Mato Grosso ao porto de
Miritituba, no Pará. A região é palco da recente tentativa do Ministro do ½
ambiente, Sarney Filho, de ampliar a abrangência do complexo de Unidades de
Conservação.
O trecho onde a fila se formou é um dos dois que ainda não é asfaltado e contribuiu para que os veículos ficassem atolados. Segundo o DNIT, os caminhões estão carregados, principalmente, de soja, milho e algodão. No trecho passam, diariamente, entre 1,5 mil e 2 mil caminhões.
A maioria dos caminhões não consegue chegar ao porto e os que chegam não conseguem retornar. De acordo com o coordenador da Comissão de Logística da Aprosoja-MT, Antônio Galvan, há uma preocupação com o armazenamento da soja, já que os caminhões que deveriam levar o produto até os portos não estão conseguindo voltar para fazer novos carregamentos. A entidade disse ainda que a entrega de soja está atrasada e tem produtor se apressando para comprar silo bag pela falta de armazéns.
O prejuízo para as transportadoras de grãos que têm caminhões parados na BR-163 por conta dos atoleiros chega a R$ 50 milhões, segundo o empresário do setor e líder dos caminhoneiros de Mato Grosso, Gilson Baitaca. Ele calcula que em um trecho de 164 quilômetros estão parados entre 4 mil e 5 mil veículos em média a 12 dias.
O Movimento Pró-logística, ligado à Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, esperava que 9 milhões de toneladas fossem transportadas pela rodovia sentido norte. Seria o dobro do volume registrado no ano passado. Mas já na última quarta-feira (22), o ministro da Agricultura de Mato Grosso, Blairo Maggi, disse desacreditar que os volumes programados para saíram por Miritituba e Santarém neste ano serão realmente efetivados, por causa das condições da rodovia nos trechos de terra.
As chuvas reduziram a capacidade de tráfego da rodovia de 800 para 100 caminhões/dia. Desde o dia 14 de fevereiro, já não chegavam caminhões nos terminais fluviais de Miritituba (PA) no volume esperado.
A BR-163 é parte do complexo logístico do arco norte que envolve o porto de transbordo de Miritituba e os portos de Santarém e Belém. Todo o sistema é afetada pelas condições da BR-163.
Para cada dia em que de interrupção do sistema pela falta do produto represado na BR-163, o prejuízo para as empresas é de 400 mil dólares diários, considerando os chamados custos de elevação e "demurrage" (sobre-estadia) do navio, segundo cálculos da Abiove e da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).
Por meio de nota, a Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove) denunciou o risco ao escoamento da safra brasileira pelo entrave na BR-163. "Além desse ônus, há prejuízos incalculáveis com descumprimento de contratos, riscos financeiros com produtores e armazéns e, sem dúvida, riscos para a imagem do Brasil", disse a Abiove em nota.
O trecho onde a fila se formou é um dos dois que ainda não é asfaltado e contribuiu para que os veículos ficassem atolados. Segundo o DNIT, os caminhões estão carregados, principalmente, de soja, milho e algodão. No trecho passam, diariamente, entre 1,5 mil e 2 mil caminhões.
A maioria dos caminhões não consegue chegar ao porto e os que chegam não conseguem retornar. De acordo com o coordenador da Comissão de Logística da Aprosoja-MT, Antônio Galvan, há uma preocupação com o armazenamento da soja, já que os caminhões que deveriam levar o produto até os portos não estão conseguindo voltar para fazer novos carregamentos. A entidade disse ainda que a entrega de soja está atrasada e tem produtor se apressando para comprar silo bag pela falta de armazéns.
O prejuízo para as transportadoras de grãos que têm caminhões parados na BR-163 por conta dos atoleiros chega a R$ 50 milhões, segundo o empresário do setor e líder dos caminhoneiros de Mato Grosso, Gilson Baitaca. Ele calcula que em um trecho de 164 quilômetros estão parados entre 4 mil e 5 mil veículos em média a 12 dias.
O Movimento Pró-logística, ligado à Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, esperava que 9 milhões de toneladas fossem transportadas pela rodovia sentido norte. Seria o dobro do volume registrado no ano passado. Mas já na última quarta-feira (22), o ministro da Agricultura de Mato Grosso, Blairo Maggi, disse desacreditar que os volumes programados para saíram por Miritituba e Santarém neste ano serão realmente efetivados, por causa das condições da rodovia nos trechos de terra.
As chuvas reduziram a capacidade de tráfego da rodovia de 800 para 100 caminhões/dia. Desde o dia 14 de fevereiro, já não chegavam caminhões nos terminais fluviais de Miritituba (PA) no volume esperado.
A BR-163 é parte do complexo logístico do arco norte que envolve o porto de transbordo de Miritituba e os portos de Santarém e Belém. Todo o sistema é afetada pelas condições da BR-163.
Para cada dia em que de interrupção do sistema pela falta do produto represado na BR-163, o prejuízo para as empresas é de 400 mil dólares diários, considerando os chamados custos de elevação e "demurrage" (sobre-estadia) do navio, segundo cálculos da Abiove e da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).
Por meio de nota, a Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove) denunciou o risco ao escoamento da safra brasileira pelo entrave na BR-163. "Além desse ônus, há prejuízos incalculáveis com descumprimento de contratos, riscos financeiros com produtores e armazéns e, sem dúvida, riscos para a imagem do Brasil", disse a Abiove em nota.
Código Florestal, 26 de fevereiro de
2017
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