Iniciativa 'interreligiosa' esquerdista patrocinada pelo governo
da Noruega e se imiscui na vida do Brasil
Uma Iniciativa Inter-religiosa da Floresta Tropical,
promovida pelo Ministério do Clima e Ambiente da Noruega, reuniu em Oslo
líderes de diversas crenças e povos, como os pigmeus africanos e etnias
indígenas sul-americanas.
O inédito encontro se inseriu numa longa série de
ingerências de governos e ONGs internacionais no Brasil e em outros países.
O governo norueguês vai cortar em 2017 pelo menos 50% de
suas doações ao Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES, aduzindo o aumento no
desmatamento nos últimos dois anos.
O ministro norueguês do Meio Ambiente, Vidar Helgesen,
agradeceu o apoio que essas ingerências encontram em líderes religiosos locais.
“Em lugares onde o Estado não tem presença ou controle,
sempre há comunidades de fé. Sempre há uma igreja ou outro lugar de adoração.
Essa infraestrutura é um recurso que pode ser mobilizado em favor das florestas
de uma forma mais consistente”, disse.
Mons. Sánchez Sorondo representou o Vaticano
na Iniciativa 'interreligiosa' de ambientalistas de esquerda
Segundo a “Folha de S. Paulo”, Sônia Guajajara, coordenadora
da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) achou que a iniciativa não
foi suficientemente radical.
Ela aguardava um intervencionismo mais extremado e
especificamente político voltado contra as tendências conservadores no País,
especialmente no Congresso nacional.
Em discurso no Centro Nobel da Paz, ela atacou a atuação das
igrejas cristãs nas aldeias brasileiras e a aliança no Congresso das bancadas
evangélica e ruralista, contrárias a mais demarcações de terras.
Desta maneira, o destino soberano do Brasil ficou no centro
das críticas de poderes e militâncias ricas estrangeiras associadas ao
comuno-tribalismo brasileiro.
“Primeiro, fomos mortos pela Igreja Católica”, exagerou
demagogicamente Sônia.
“Hoje, mais uma vez, somos mortos pelos evangélicos, que
entram nas aldeias e tentam induzir as suas religiões”, radicalizou. Ela não
fez senão acionar o realejo comuno-tribalista.
Apresentada pela mídia como líder dos guajajaras, etnia do Maranhão,
ela deblaterou contra evangélicos e ruralistas como sendo “uma coalizão que
pode ter muita força” e atacou a orientação dos evangélicos porque “eles têm
de se preocupar em salvar vidas, e não almas”.
Essa sempre foi a orientação da Igreja Católica, a grande
evangelizadora da Amazônia, que nunca descuidou, pelo contrário, introduziu
ativamente todos os fatores de civilização material hoje verberados pelo
ativismo anarquista, ambientalista e progressista.
Sônia Guajajara deblaterou contra bancadas ruralista e evangélica
e reivindicou o legado ideológico do PT e do CIMI.
O pastor Ariovaldo disse por sua própria conta que “assina
embaixo” as críticas de Guajajara às bancadas tripudiadas, mas afirmou que
muitos religiosos têm um papel importante de proteção aos povos indígenas.
“Há tribos inteiras evangélicas. Graças a isso, preservaram
a sua identidade, a sua língua, a sua cultura e agora têm gerado líderes”,
afirmou Ramos.
Não pôde acrescentar as tribos trabalhadas pelo CIMI
católico, pois essa dependência da CNBB não quer que índio algum se converta à
religião de Nosso Senhor Jesus Cristo, nem nada que se lhe pareça.
No final do encontro, o grupo integrado por representantes
de 21 países aprovou declaração para “formar uma aliança internacional
multirreligiosa em prol das florestas tropicais, voltada para o cuidado destas
florestas e das pessoas que as protegem e habitam”.
As fórmulas arredondadas são para o papel, pois para a vida
real ficou valendo mais um apoio à subversão comuno-tribalista e mais um
iniciativa contra a soberania do País.
Na mesma Noruega, o presidente Temer foi vaiado por
ativistas ambientalistas. O protesto foi uma derivação de dita aliança de
indígenas e ONGs europeias que querem tirar do Brasil o livre governo de suas
florestas, noticiou “Época”.
O instrumento de pressão do momento é o corte de recursos
que o governo norueguês concedia liberalmente sob o pretexto de proteção do
meio ambiente amazônico e dos direitos indígenas.
Um esquálido magote de 30 pessoas se manifestou diante da
sede do governo norueguês, com cartazes e um coro de “Fora Temer” que soava
como estribilho do PT.
Os líderes ambientalistas apontaram seus ataques
especialmente para a bancada ruralista no Congresso. “Vemos um constante e
sistemático ataque ao meio ambiente nesse governo”, disse a própria Sônia
Guajajara.
Nesse contexto altamente ideológico as verbas da Noruega são
indesejáveis para o Brasil, mas o corte foi deplorado pela agitação
comuno-tribalista.
“Muitos grupos indígenas são beneficiados pelos recursos. O
corte, portanto, significa o enfraquecimento de iniciativas dos indígenas e
problemas para a implementação de gestão territorial”, admitiu Sônia, prevendo
uma diminuição da subversão.
Em função de um acordo com a administração petista de 2008,
a Noruega liberou mais de US$ 1,1 bilhão, mas nos dois últimos anos reduziu
para R$ 196 milhões, alegando o desmatamento, tema que não cabe a governo algum
do exterior decidir.
O ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, culpou o PT
e disse que só Deus poderia garantir que não haverá desmatamento. “Pior que
culpa passada é culpa de Deus”, revidou Sônia, salvando o PT e transparecendo
um fundo anticristão.
Sarney Filho garantiu a três ONGs norueguesas que não
apoiará qualquer redução de áreas de proteção.
Anna Lovold, da ONG Rainforest Foundation, relatou as
promessas do ministro, mas manifestou que as ONGs compinchas não têm confiança
nessas promessas e por isso promoveram o protesto, aliás pífio.
Ameaçou que se o Brasil não mostrar resultados como as ONGs
querem, o Fundo da Amazônia precisa fechar. “Não vamos poder apoiar o fundo”,
disse.
Teria sido coerente se reclamasse do BNDES um fundo para
proteger as florestas boreais e financiasse a defesa dos direitos dos esquimós,
que certamente ninguém acha que estejam em perigo.
Sônia Guajajara é premiada por Dilma Rousseff, Planalto,
novembro de 2015
(Foto Valter Campanato-Agência Brasil)
Afinidades ideológicas e cumplicidades velhas e profundas
De fato, o Brasil ficou de mãos livres para decidir sobre
seu território, sem a interferência milionária de valores dispostos para uso de
grupos de pressão de esquerda, altamente ideologizados.
Simultaneamente, o ministro de Meio Ambiente norueguês,
Vidar Helgesen, declarou em entrevista à “Folha de S. Paulo” seu contentamento
com a política petista em matéria de desmatamento. E desqualificou a linha política assumida pelo País após o
impeachment de Dilma Rousseff.
“Temos visto – disse – um desenvolvimento preocupante nos
últimos dois anos”. “O Brasil tem a maior floresta tropical do mundo. Além
disso, dado o progresso da última década, estabeleceu um exemplo para outros
países”.
E em referência à escandalosa derrubada do lulopetismo,
explicou: “Esperamos que o que vimos recentemente no Brasil não venha a alterar
a imagem global de um país bem-sucedido no combate ao desmatamento”.
Também a primeira-ministra norueguesa, Erna Solberg,
“expressou preocupação” com o desmatamento na Amazônia e confirmou o corte do
financiamento para a movimentação comuno-verde de pelo menos R$ 166,5 milhões
neste ano, acrescentou a “Folha de S. Paulo”.
Rodeada pelo pequeno magote de profissionais da agitação de
rua, Sônia Guajajara teria também deplorado que “há no Congresso quase 20
medidas que flexibilizam o licenciamento ambiental. E a gente sabe que o
interesse maior é flexibilizar para poder aumentar a expansão da pecuária e das
monoculturas”.
Em suma, se as medidas forem aprovadas, o Brasil pode
esperar uma melhoria na produção de alimentos, beneficiando as próprias
populações indígenas e sua qualidade de vida.
(*) Luis Dufaur Escritor, jornalista, conferencista de política
internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs
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