segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Noruega se imiscuindo no Brasil: Religiosos decidem sobre florestas brasileiras



Iniciativa 'interreligiosa' esquerdista patrocinada pelo governo 

da Noruega e se imiscui na vida do Brasil

 Luis Dufaur(*) 


Uma Iniciativa Inter-religiosa da Floresta Tropical, promovida pelo Ministério do Clima e Ambiente da Noruega, reuniu em Oslo líderes de diversas crenças e povos, como os pigmeus africanos e etnias indígenas sul-americanas.

O inédito encontro se inseriu numa longa série de ingerências de governos e ONGs internacionais no Brasil e em outros países.

O governo norueguês vai cortar em 2017 pelo menos 50% de suas doações ao Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES, aduzindo o aumento no desmatamento nos últimos dois anos.

O ministro norueguês do Meio Ambiente, Vidar Helgesen, agradeceu o apoio que essas ingerências encontram em líderes religiosos locais.

Em lugares onde o Estado não tem presença ou controle, sempre há comunidades de fé. Sempre há uma igreja ou outro lugar de adoração. Essa infraestrutura é um recurso que pode ser mobilizado em favor das florestas de uma forma mais consistente”, disse.


Mons. Sánchez Sorondo representou o Vaticano
na Iniciativa 'interreligiosa' de ambientalistas de esquerda

Segundo a “Folha de S. Paulo”, Sônia Guajajara, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) achou que a iniciativa não foi suficientemente radical.

Ela aguardava um intervencionismo mais extremado e especificamente político voltado contra as tendências conservadores no País, especialmente no Congresso nacional.

Em discurso no Centro Nobel da Paz, ela atacou a atuação das igrejas cristãs nas aldeias brasileiras e a aliança no Congresso das bancadas evangélica e ruralista, contrárias a mais demarcações de terras.

Desta maneira, o destino soberano do Brasil ficou no centro das críticas de poderes e militâncias ricas estrangeiras associadas ao comuno-tribalismo brasileiro.

Primeiro, fomos mortos pela Igreja Católica”, exagerou demagogicamente Sônia.


“Hoje, mais uma vez, somos mortos pelos evangélicos, que entram nas aldeias e tentam induzir as suas religiões”, radicalizou. Ela não fez senão acionar o realejo comuno-tribalista.

Apresentada pela mídia como líder dos guajajaras, etnia do Maranhão, ela deblaterou contra evangélicos e ruralistas como sendo “uma coalizão que pode ter muita força” e atacou a orientação dos evangélicos porque “eles têm de se preocupar em salvar vidas, e não almas”.

Essa sempre foi a orientação da Igreja Católica, a grande evangelizadora da Amazônia, que nunca descuidou, pelo contrário, introduziu ativamente todos os fatores de civilização material hoje verberados pelo ativismo anarquista, ambientalista e progressista.

O único participante evangélico brasileiro foi o pastor Ariovaldo Ramos, de tendência progressista.



Sônia Guajajara deblaterou contra bancadas ruralista e evangélica

e reivindicou o legado ideológico do PT e do CIMI.

Nesse ambiente, a imensa maioria dos líderes de tendência religiosa conservadora não estava convidada. E nem podia estar, em vista da tendência subversiva da reunião.

O pastor Ariovaldo disse por sua própria conta que “assina embaixo” as críticas de Guajajara às bancadas tripudiadas, mas afirmou que muitos religiosos têm um papel importante de proteção aos povos indígenas.

“Há tribos inteiras evangélicas. Graças a isso, preservaram a sua identidade, a sua língua, a sua cultura e agora têm gerado líderes”, afirmou Ramos.

Não pôde acrescentar as tribos trabalhadas pelo CIMI católico, pois essa dependência da CNBB não quer que índio algum se converta à religião de Nosso Senhor Jesus Cristo, nem nada que se lhe pareça.

No final do encontro, o grupo integrado por representantes de 21 países aprovou declaração para “formar uma aliança internacional multirreligiosa em prol das florestas tropicais, voltada para o cuidado destas florestas e das pessoas que as protegem e habitam”.

As fórmulas arredondadas são para o papel, pois para a vida real ficou valendo mais um apoio à subversão comuno-tribalista e mais um iniciativa contra a soberania do País.

Na mesma Noruega, o presidente Temer foi vaiado por ativistas ambientalistas. O protesto foi uma derivação de dita aliança de indígenas e ONGs europeias que querem tirar do Brasil o livre governo de suas florestas, noticiou “Época”.

O instrumento de pressão do momento é o corte de recursos que o governo norueguês concedia liberalmente sob o pretexto de proteção do meio ambiente amazônico e dos direitos indígenas.


Um esquálido magote de 30 pessoas se manifestou diante da sede do governo norueguês, com cartazes e um coro de “Fora Temer” que soava como estribilho do PT.

Os líderes ambientalistas apontaram seus ataques especialmente para a bancada ruralista no Congresso. “Vemos um constante e sistemático ataque ao meio ambiente nesse governo”, disse a própria Sônia Guajajara.

Nesse contexto altamente ideológico as verbas da Noruega são indesejáveis para o Brasil, mas o corte foi deplorado pela agitação comuno-tribalista.

Muitos grupos indígenas são beneficiados pelos recursos. O corte, portanto, significa o enfraquecimento de iniciativas dos indígenas e problemas para a implementação de gestão territorial”, admitiu Sônia, prevendo uma diminuição da subversão.

Em função de um acordo com a administração petista de 2008, a Noruega liberou mais de US$ 1,1 bilhão, mas nos dois últimos anos reduziu para R$ 196 milhões, alegando o desmatamento, tema que não cabe a governo algum do exterior decidir.

O ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, culpou o PT e disse que só Deus poderia garantir que não haverá desmatamento. “Pior que culpa passada é culpa de Deus”, revidou Sônia, salvando o PT e transparecendo um fundo anticristão.

Sarney Filho garantiu a três ONGs norueguesas que não apoiará qualquer redução de áreas de proteção.

Anna Lovold, da ONG Rainforest Foundation, relatou as promessas do ministro, mas manifestou que as ONGs compinchas não têm confiança nessas promessas e por isso promoveram o protesto, aliás pífio.

Ameaçou que se o Brasil não mostrar resultados como as ONGs querem, o Fundo da Amazônia precisa fechar. “Não vamos poder apoiar o fundo”, disse.

Teria sido coerente se reclamasse do BNDES um fundo para proteger as florestas boreais e financiasse a defesa dos direitos dos esquimós, que certamente ninguém acha que estejam em perigo.

O presidente da Rainforest Foundation, Lars Bjordnal, sublinhou o “risco” que há no corte de dinheiro.


Sônia Guajajara é premiada por Dilma Rousseff, Planalto, novembro de 2015
(Foto Valter Campanato-Agência Brasil)

Afinidades ideológicas e cumplicidades velhas e profundas

De fato, o Brasil ficou de mãos livres para decidir sobre seu território, sem a interferência milionária de valores dispostos para uso de grupos de pressão de esquerda, altamente ideologizados.

Simultaneamente, o ministro de Meio Ambiente norueguês, Vidar Helgesen, declarou em entrevista à “Folha de S. Paulo” seu contentamento com a política petista em matéria de desmatamento. E desqualificou a linha política assumida pelo País após o impeachment de Dilma Rousseff.

“Temos visto – disse – um desenvolvimento preocupante nos últimos dois anos”. “O Brasil tem a maior floresta tropical do mundo. Além disso, dado o progresso da última década, estabeleceu um exemplo para outros países”.

E em referência à escandalosa derrubada do lulopetismo, explicou: “Esperamos que o que vimos recentemente no Brasil não venha a alterar a imagem global de um país bem-sucedido no combate ao desmatamento”.

Também a primeira-ministra norueguesa, Erna Solberg, “expressou preocupação” com o desmatamento na Amazônia e confirmou o corte do financiamento para a movimentação comuno-verde de pelo menos R$ 166,5 milhões neste ano, acrescentou a “Folha de S. Paulo”.

Rodeada pelo pequeno magote de profissionais da agitação de rua, Sônia Guajajara teria também deplorado que “há no Congresso quase 20 medidas que flexibilizam o licenciamento ambiental. E a gente sabe que o interesse maior é flexibilizar para poder aumentar a expansão da pecuária e das monoculturas”.

Em suma, se as medidas forem aprovadas, o Brasil pode esperar uma melhoria na produção de alimentos, beneficiando as próprias populações indígenas e sua qualidade de vida.



(*) Luis Dufaur Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs






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