Brasil rejeita pedido da Arábia Saudita para cortar produção de petróleo
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O Brasil rejeitou um
esforço informal do governo da Arábia Saudita para participar do empenho da
Opep para cortar a produção e
reduzir o excesso de oferta global de petróleo, que tem pressionado os preços
internacionais e prejudicado os grandes produtores da commodity.
O secretário de
petróleo e gás do ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, afirmou que o
país tem sido "sondado" periodicamente para tratar do tema e que, na
semana passada, foi procurado por um assessor do ministro de energia da Arábia
Saudita, Khalid Al-Falih.
No entanto, Félix
destacou que a legislação e o posicionamento de mercado do Brasil impedem uma
participação do país na Opep. Além disso, destacou que o país busca aumentar a
produção para atrair mais investimentos.
"Eles estão
preocupados com o crescimento da produção do Brasil. A gente já explicou por
que o Brasil não pode fazer isso [cortar a produção de petróleo]", afirmou
Félix, em uma entrevista por telefone.
O telefonema da
Arábia Saudita ocorreu dias após petroleiras gigantes, como a Shell, terem
arrematado áreas em uma abertura histórica para operadores estrangeiros do
cobiçado pré-sal brasileiro, parte da tentativa do país para aumentar
agressivamente a produção nos próximos anos.
A produção de
petróleo no Brasil —maior produtor da América Latina— subiu 3% em setembro para
2,65 milhões de barris por dia (bpd) em relação a agosto, segundo os dados da
ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
A agência reguladora
prevê que a produção no Brasil poderá dobrar para mais de 5 milhões de bpd até
2027.
(...)
Fonte: Folha de S. Paulo
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