Presidente da FUNAI não compareceu à audiência
pública em Brasília, que tratou sobre os problemas das invasões no Paraná e
Mato Grosso do Sul
Diante do importante tema debatido em audiência
pública, no dia (14/12), na Câmara dos Deputados, em Brasília, sobre os
injustos estudos de demarcação de terras, que a FUNAI – Fundação Nacional do
índio, insiste em fazer no Paraná e Mato Grosso do Sul, o presidente da
fundação, Franklimberg Ribeiro de Freitas, era óbviamente muito esperado para
debater o assunto, mas ele não compareceu e apenas enviou seu representante,
Luciano Alvez Pequeno.
A indignação era notável em meio aos presentes, e o
deputado Nilton Leitão, relator da CPI da Funai, e presidente da Frente
Parlamentar da Agropecuária – FPA, citou que até o Presidente Temer tem mais
tempo que o próprio presidente da FUNAI, porque que em todas as oportunidades,
ele sempre arruma desculpas.
Mesmo assim, a audiência pública trará com certeza
algum resultado, porque diante de todo o material apresentado pelos
participantes, como os da advogada, Luana Ruiz de Figueiredo, de Campo Grande,
que munida da verdade entre diversos documentos e provas, durante os seus 19
anos de luta contra invasões indígenas, desmentiu todas as mentiras pregadas
como verdades.
Também as fotografias via satélite, que foram apresentadas, não
deixaram dúvidas que existem grandes interesses por trás de tudo isso. Agora,
só resta mesmo “vontade” para que toda essa injustiça seja barrada.
A mesa foi composta pela Advogada Luana Ruiz de
Figueiredo, pelo prefeito de Guaíra, Heraldo Trento, deputado Sérgio Souza,
pelo assistente técnico da diretoria de proteção territorial da FUNAI, Luciano
Alvez Pequeno, prefeito de Terra Rroxa, Altair de Pádua e presidente da Ongdip
– Organização Nacional de Garantia ao Direito de Propriedade, Roberto Weber.
O prefeito de Guaíra, Heraldo Trento, fez uma
explanação utilizando a tecnologia Google Earth, mostrando fotos aéreas de
pouco tempo atrás e comparando com as de hoje, ficando claro que as invasões
tiveram início por volta de 2003. Heraldo também citou que a FUNAI está
totalmente equivocada sobre a maneira como está agindo, pois invasão em área de
fronteira fere a segurança nacional, e a FUNAI tem culpa nisso, pois colabora
com o fornecimento de documentos.
Os participantes citaram diversas vezes a
constituição de 05 de outubro de 1988, que é insubstituível, bem como o “marco
temporal”.
O deputado Sérgio Souza, repudiou a atitude dos
representantes do Ministério Público Federal e Funai, pela falta de
consideração em um momento tão importante como esse. Já o deputado Nelson
Padovani, citou a necessidade de uma reunião com o próprio Presidente da
República, Michel Temer, para o cancelamento desses estudos.
Padovani também não hesitou em citar a máfia da
FUNAI, com tentáculos dentro do nosso governo. “Se o índio entrar na
propriedade não poderemos fazer nada? Isso é crime, e deve ser tratado como
tal. Afinal, se ele entrar na sua casa, estuprar a sua filha, não será feito
nada? questionou.
Fonte: ONGDIP
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