O futuro chegou? – Parece que não!
A crise mundial de alimentos e de energia só tende a crescer. O grande capital, os fundos de pensão e de investimento europeus resolveram investir em produção de alimentos e de energia no Brasil.
Utilizam-se eles de empresas argentinas para produzirem comida e etanol no Mato Grosso, aproveitando a experiência argentina em gestão corporativa, que consideram mais confiável do que o nosso sistema de empreendedores individuais.
Chegam, compram grandes áreas, pagam à vista e utilizam metodologia própria. A tendência é de que cada vez mais estrangeiros comprem terras aqui e desalojem produtores tradicionais que, endividados, sofrem com o custo Brasil.
Um exemplo de nossa logística perversa: as Usinas Itamaraty, em Nova Olímpia, a 120 km de Cuiabá, gastam R$ 1,35 para levar um litro de álcool até Caxias (RJ), para a distribuição. O mesmo álcool produzido em São Paulo chega por R$ 0,55.
Diante do cenário, é de se questionar como Mato Grosso poderá vencer a equação maldita de custos, de dívidas e de burocracia estadual e federal, além da extrema concorrência.
O que poderia ser a chance num momento mundial favorável poderá ser a canção fúnebre da história de nosso desenvolvimento ao longo dos últimos 30 anos na produção de alimentos.
Fonte: onofreribeiro@terra.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário