sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Não somos mais dignos da honra de nossos pais?


xDeputado mineiro contra demarcações


No último dia 13 do corrente, o Deputado LAEL VARELLA (Dem-MG) discursou na Câmara declarando ser constrangedor assistir ao esfacelamento do território brasileiro, herdado de nossos bravos antepassados que não mediram sacrifícios para nos legar estas vastidões que sempre ufanaram seus filhos.


Não somos mais dignos da honra de nossos pais? Quais são os sentimentos que vêm inspirando ongueiros e antropólogos no sentido de trabalhar vergonhosamente para desfigurar nossas fronteiras, utilizando-se das mais esdrúxulas interpretações de nossa Constituição? – Indagou o deputado.

O deputado citou matéria de Denis Rosenfield sobre portarias da FUNAI visando à demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul. Elas abrangem 26 municípios e dizem respeito a uma área potencial total de 12 milhões de hectares, correspondendo a um terço do território daquele próspero Estado.

Com tais portarias que não visam especificamente uma área determinada, mas ao mesmo tempo com uma abrangência tamanha que qualquer propriedade poderá ser atingida, Varella chama a atenção daquela Casa para uma ameaça real sobre o sul-mato-grossense.
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O parlamentar mineiro lembra ainda a recente demarcação da Raposa Serra do Sol, em Roraima, problema localizado no norte do País, como se outras regiões e outros Estados não estivessem implicados. Mas agora, estamos vendo que o longínquo se tornou próximo e o particular se tornou de interesse geral.
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Varella ainda aponta os conflitos que vêm se generalizando Brasil afora, como Roraima onde é emblemática a Reserva Raposa Serra do Sol com índios civilizados e propriedades centenárias e critica a política de jardins antropológicos que condena o índio à marginalização e sem perspectiva de um dia melhorar de vida.
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O lúcido Deputado apela a seus pares para o constrangimento que tal política nos traz e levanta a indagação: ‘Quem estaria por trás dessa campanha surda e sórdida de desconfigurar o mapa do Brasil?’.
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Ao mesmo tempo em que aguardamos com confiança a sábia decisão do Supremo Tribunal Federal em suspender as referidas demarcações, cabe a nós honrarmos o legado de nossos pais e o passarmos íntegros e fortalecidos à posteridade.

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Cabe a nós modificarmos as leis no sentido de impedir que simples atos administrativos de um órgão como a Funai possam desintegrar partes consideráveis de nosso território.

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