segunda-feira, 9 de novembro de 2009



TOLICES MARXISTAS



O escritor gaúcho Percival Puggina trata da Campanha da Fraternidade da CNBB para 2010. O tema da campanha será “Economia e vida” e visa orientar os jovens para estudo e debates.

Na pág. 27, o folheto da campanha há um texto com o título “Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra, em defesa da reforma agrária e da soberania territorial e alimentar”.

Ali é defendida a tese de que todas as propriedades rurais com extensão superior a 35 módulos fiscais devem ser automaticamente incorporadas ao patrimônio público, sem indenização e destinadas à Reforma Agrária.

O módulo fiscal é variável, mas se calculado pela média de 20 hectares, a maior propriedade admitida no Brasil seria de 700 hectares. Os bispos abraçaram essa idiotice com braços e pernas.

Novidade nenhuma nesse comportamento. Há décadas as coisas, por lá, andam assim. Mais uma vez, os bispos estendem o dedo indicador para as causas de tais males: o lucro e o mercado.

Pronto! Tudo resolvido. Como é que ninguém pensou nisso antes? É como se estivessem dizendo aos investidores e empresários: “Cambada de gananciosos! Querem acabar com a pobreza e safar-se do Inferno?

Adotem o modelo da repartição de bens, acabem com o lucro e vereis o maná cair dos céus sobre as carências humanas! A mesma genialidade que, anos atrás, não queria que o Brasil pagasse suas dívidas.

É a mesma matriz ideológica da Campanha da Fraternidade do ano passado que resumia o tema da violência à luta de classes: pelos respectivos crimes, o rico era individualmente culpado e o pobre socialmente absolvido.

Perdoem-me os mais benevolentes que eu. Mas a CNBB já foi bem além da minha capacidade de tolerância. Que sistema e quais organizações econômicas são essas que propõem na futura Campanha da Fraternidade?

Eles continuam confundindo a Boa Nova com as fracassadas promessas da economia planificada, centralizada, comunista, que em longas e tristes experiências só gerou opressão e miséria.

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