Agropecuária
salva novamente o Brasil (I)
Hélio Brambilla
O ano de 2012
se inicia em meio às incertezas econômico-financeiras na Europa e nos Estados
Unidos. A tal “Primavera árabe” parece fazer desabrochar mais joio que trigo.
O horizonte
sombrio deixa preocupados nossos agropecuaristas, que com sua força
empreendedora continuam dispostos a tudo enfrentar: intempéries, adversidades,
oscilações de mercado e, sobretudo, os desatinos de Brasília.
Seriam os
agropecuaristas otimistas e sonhadores? Em certo sentido sim! Creio que
subconscientemente eles se deixam nortear pelas palavras de Delfim Neto ao se
referir à conjuntura atual: “É preciso
dizer que quem não estiver confuso está mal informado”.
Mas não
desanimam: continuam a deitar a semente na terra e a cuidar de seus rebanhos,
certos de que uma e outros constituem preciosas dádivas de Deus, as quais
prevalecerão apesar de todos os obstáculos.
Sem o saberem,
a chave do sucesso “dos que deitam a semente na terra” está assegurada pela
tradição, magistralmente definida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira como
sendo “a vida que a semente recebe do fruto que a contém”.
Com efeito, o agricultor
é um agente de Deus na perene transmissão da vida vegetal, uma realidade
sensível e sublime, mas tão distante dos horizontes mentais de burocratas
eivados de socialismo.
No momento em
que os países industrializados são afetados por uma imensa crise, o êxito de
nossa agropecuária tem sido de molde a atrair grandes capitais ao Brasil.
Ilustrativa
nesse sentido foi a visita de Margarita Louis-Dreyfus, viúva de Robert Dreyfus
e diretora de uma das maiores empresas de comercialização e produção de
produtos agrícolas.
Ora na
condução dos negócios do grupo no mundo, por ocasião de um almoço informal com
a presidente Dilma Roussef, ela anunciou a decisão de aplicar R$ 7 bilhões no
País nos próximos cinco anos.
Indagada se
não se preocupava com a crise que grassa na Europa, ela respondeu: “Estou. Mas
lidamos com commodities (agrícolas) e o mundo certamente não vai deixar de
comer” (OESP, 26/11/2011).
Tendo como
vocação trabalhar a terra, o agropecuarista não olha só para si, mas também
para os seus semelhantes.
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