...troca de flores e sorrisos
Nilo Fujimoto
A má fé esquerdista se torna patente na questão dos direitos humanos. Quando o então Ministro da Justiça de Lula, Tarso Genro, concedeu ao terrorista italiano Cesare Battisti o status de refugiado, o principal argumento foi o de que poderia sofrer torturas em seu país.
Mesmo sendo a Itália um país notoriamente democrático e respeitador das leis, nosso ministro resolveu correr o risco de criar um caso diplomático de grandes proporções.
Ou seja, o governo brasileiro preferiu proteger um guerrilheiro e criminoso comum (condenado pela justiça italiana por dois homicídios qualificados com sentença transitada em julgado) a manter relações amistosas com um país amigo.
Agora vejamos a outra face.
A ditadura cubana evidentemente desrespeita os mais elementares direitos de seus cidadãos. As prisões estão repletas de detentos que discordam do regime.
Fala-se em milhares de dissidentes padecendo nas precárias masmorras dos sinistros Castros.
O crime? Discordar da ideologia imposta pelo governo. Poucos países se comoveram – mormente o brasileiro – com a recente morte de William Villar, de 31 anos, depois de demorada greve de fome em protesto contra setentença que o condenou, após julgamento sumário, a quatro anos de prisão por suposto “desacato à autoridade” (leia-se: “discordar do regime”).
A esperança de tantos injustiçados – estes sim sofrendo agressão a seus direitos – era a presidente Dilma Rousseff, que inciou seu mandato proclamando que a política externa de seu governo seria marcada pela preocupação com a violação dos direitos humanos.
Entretanto tudo ruiu por terra quando seu Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse em Davos (Suíça) que Dilma não trataria do assunto “presos políticos” em sua visita à ilha prisão. E justificou: os direitos humanos não são urgentes (sic!) e por isso não seria tratado em público.
Com os dissidentes: frio e indiferença de morte.
Na foto: Wiliam Vilar.
Mas não é só. Além de não contribuir em nada para a libertação dos presos políticos cubanos e não trabalhar para o estabelecimento de uma verdadeira democracia naquele país, Dilma levou em sua bagagem uma fartíssima cesta de benesses, tão custosa aos contribuintes brasileiros.
Entre elas, as duas últimas parcelas de US$ 380 milhões de financiamento da conclusão da reforma do Porto de Mariel, a 50 km de Havana. Razão alegada: favorecer o povo cubano.
Consequência: perpetuação de um governo ditatorial e sanguinário, desrespeitador dos mesmos direitos tão exigidos para o criminoso italiano.
Porém não nos esqueçamos de que corremos o risco de padecermos as mesmas agruras dos cubanos. Basta o governo brasileiro aplicar as regras consubstanciadas no Plano Nacional dos Direitos Humanos 3, assinado por Lula em seus últimos dias de governo e que Dilma não alterou uma vírgula sequer.
Pelo contrário, empenhou a secretária Maria do Rosário Nunes em avançar na sua total aplicação, a qual redundará em ditadura totalitária e anticristã.
“Direitos humanos, direitos humanos, quantos crimes são praticados em seu nome!”
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