...e seus
alarmes falsos
Leo
Daniele
Ah! a fome no mundo!
Desde a Revolução Francesa, multidões gritando “pão” derrubam tronos e
desencadeiam as revoluções. E, hoje
em dia, outro
não é o grito da esquerda. Por exemplo:
● Em 1968, Paulo R. Ehrlich alarmou o mundo com seu
livro “The Population Bomb”, cuja tese principal era a de que os recursos do
planeta não seriam suficientes para atender a uma população em crescimento.
Seu livro e suas previsões tornaram-se célebres.
Uma delas: “Até o ano 2000, o Reino Unido será simplesmente um pequeno grupo de
ilhas empobrecidas, habitadas por cerca de 80 milhões de famintos”.
Eis um
gênero de terrorismo: o eco-terrorismo. Seu livro previa que centenas de
milhões de pessoas morreriam de fome nas décadas seguintes, em consequência da
superpopulação. Deu no que deu.
Em 2004, o mesmo autor é obrigado a reconhecer ter
ficado “agradavelmente surpreendido” pelas mudanças na situação do mundo que
desmentiram as sombrias previsões de seu livro.
● James Lovelock,
o pai da “hipótese Gaia”, havia chegado a afirmar que bilhões de homens iam
morrer até o fim do século passado [séc. XX], e que os poucos que sobrevivessem
iriam para o Ártico, onde o clima ainda seria tolerável.
Agora ele reconheceu
ter ido além do que podia. Para ele “o problema é que não sabemos o que o clima
vai fazer. Há 20 anos achávamos que sabíamos. Isso nos levou a escrever alguns livros alarmistas ‒ o meu
inclusive ‒ porque parecia evidente, mas não
aconteceu”.
● Guy R. McPherson, professor de BiologiaEvolutiva
na Universidade do Arizona, ganhou notoriedade anunciando “o fim do
mundo”. Em 2009, abandonou a carreira para se preparar para o “colapso”, e vive
do leite e ovos de pequenos animais numa comunidade rural.
● Marina Silva, senadora e ex-ministra do meio
ambiente, diz algo que talvez explique de onde vêm estas previsões equivocadas
dos ecologistas. Para ela, “a luta ecológica, a luta sindical e a luta
partidária são uma bandeira só [...] Elas são indissociáveis”. Talvez esta seja
uma boa pista para se descobrir de onde procedem tais atitudes
incompreensíveis dos ecofanáticos. O leitor com a palavra.
E existem por aí muito mais sirenes esganiçadas e
alarmes terroristas e falsos.
● O Prof. Henrik Svensmark entre outros, afirmou
que o aquecimento global parou e está começando um resfriamento. Razão pela
qual alguns incorrigíveis já falam em “resfriamento global”…
● Em sentido contrário, entre outros Frances Moore
Lappé e seus colegas do Instituto de Política Alimentar e de Desenvolvimento
mostraram, em 2002, que “abundância
e não escassez é a palavra que melhor descreve a produção de
alimentos no mundo atual.
“No decorrer dos últimos trinta anos, o aumento da
produção global de alimentos superou em 16 por cento o aumento da população
mundial. Nesse período, montanhas de cereais excedentes empurraram para baixo
os preços no mercado internacional. O aumento da produção de alimentos superou
o da população em todas as regiões do mundo, exceto a África, nos últimos 50
anos”.
Temos, portanto, mais um no clube dos “sem”: ao
lado do sem-terra, do sem-teto, sem-universidade, etc., agora temos o sem-fome…
Dizem que a esquerda não gosta do novo figurante. Seria um desmancha-prazeres…
Pois se ele não tem fome, como jogá-lo na agitação?
Nenhum comentário:
Postar um comentário