Recebemos e publicamos:
Ao
repassar esta mensagem, cumpre salientar que o objetivo último do
CIMI/FUNAI é criar uma terra indígena no sul do MS e, ligando-a às terras
indígenas no Paraguai, reconstituir parte da área que foi ocupada, à época da
colonização, pelas reduções jesuíticas. SDB
RITMO
ACELERADO DE BALCANIZAÇÃO
Prof. Marcos Coimbra (*)
Temos alertado, ao
longo dos tempos, neste espaço o grave risco de balcanização do Brasil. Assim,
recordando, em 20.03.2008, escrevemos:
A Integridade do Patrimônio é um dos
nossos Objetivos Nacionais Permanentes. Integridade dos bens públicos, dos
recursos naturais e do meio ambiente, preservados da exploração predatória.
Integridade do patrimônio histórico-cultural, representado pela língua,
costumes e tradições, enfim a preservação da identidade nacional.
Tal conceito
torna-se importante para ser repassado por todos nós, brasileiros, devido à
insegurança vivenciada, gerada principalmente por pressões externas. Sofremos o
risco de ser agravadas as tensões no plano social, com o acirramento e a
indução de choques de caráter “racial”, religioso, étnico.
As famigeradas ONGs
e a mídia internacional, secundada pela mídia nacional, vão procurar jogar
católicos contra protestantes e espíritas, brancos contra negros e índios. Seu
objetivo é abalar nossa coesão social, para fragilizar-nos.
Quanto à coesão
territorial, estão acelerando o processo de demarcação de terras indígenas,
para depois preparar o terreno para o "direito dos índios à
autodeterminação" e para aplicar o "direito de ingerência dos mais
fortes".
Isto lhes possibilitaria retalhar o território brasileiro, em
especial a Região Amazônica, dividindo-a em quistos, protegidos por uma força
internacional de paz. A pretexto de defender os direitos dos índios, vão
explorar nossas riquezas e recursos naturais.
Em 13.09.2007, a
Declaração Universal dos Direitos dos Indígenas foi aprovada pela ONU, com o
voto favorável da representação brasileira, por 143 a 4 e 11 abstenções.
A
partir daí, a demarcação de terras indígenas assume o estágio de reservas
indígenas (Ianomâmi e Raposa /Serra do Sol), representando a última posição
para transformação em nações indígenas.
Existe ainda, no caso dos Ianomâmis,
uma vasta região para eles, na faixa de fronteira contígua entre Venezuela e
Brasil. De acordo com a referida declaração, lá é vedada operações com fins
militares. Ou seja, abriu-se o caminho para perdermos parte do nosso rico e
desejado território.
Este assunto volta
à tona, após a difusão da notícia de que mulheres produtoras rurais estão em
vigília na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto, contra a desocupação dos não índios que
vivem na Terra Indígena Xavante-Marãiwatsédé, em Mato Grosso, determinada pela
Justiça.
Elas bloquearam o trânsito por alguns minutos e de tarde,
uma comissão foi recebida pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência,
Gilberto Carvalho, quando pediram que o reconhecimento da área como terra
indígena seja analisado.
As manifestantes alegam que a área não se trata de
terra indígena e dizem ter laudos que atestam a afirmação.
Homologada por
decreto presidencial em 1998, a Terra Indígena Xavante-Marãiwatsédé é alvo de
um imbróglio que teve início da década de 1960.
A Fundação Nacional do Índio
(Funai) garante que, até essa época, a área era totalmente ocupada pelo povo
Xavante. Nesse período, a Agropecuária Suiá-Missú instalou-se na área.
Anos
depois, a área foi sendo ocupada por novos grupos de não índios, inclusive
grandes fazendeiros, o que dificultou a regularização e devolução integral do
território aos xavantes.
No mesmo mês, houve uma reunião entre
representantes da Funai, do governo do estado e produtores rurais para discutir
formas de amenizar a tensão gerada pela iminente retirada dos não índios da
área.
O governo estadual propôs que os índios fossem levados para outra área,
no interior do Parque Nacional do Araguaia.
Os índios, a Funai e o Ministério
Público Federal não aceitaram a proposta e agora, no dia 26.10.12, a presidente
Dilma mandou forças federais (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal,
Força Nacional de Segurança e Exército) para apoiar a Funai na retirada de
“posseiros" da área indígena no Mato Grosso.
Contrariando o
governador do Estado, a Assembleia Legislativa, a bancada federal de deputados
e senadores mato-grossense, prefeitos, vereadores e milhares de cidadãos, a
presidente Rousseff, repete o que Collor, FHC e Lula fizeram, entregando de
mãos beijadas e em nome de índios, grande parte do território nacional ao
domínio que será estrangeiro.
Tal atitude coloca em risco a unidade e a
integração territorial da Nação Brasileira, gerando miséria e fome, a exemplo
do ocorrido com a saída dos “arrozeiros” na área de Raposa/Serra do Sol, onde
indígenas que trabalhavam dignamente, transformaram-se em mendigos em Boa
Vista.
Aliás, recente
pesquisa Datafolha demonstra que a maioria dos índios brasileiros está
integrada às práticas próprias da vida urbana. Uma boa parcela conta com
televisão, DVD, geladeira, celular etc.
Esse aparato, contudo, convive com a
pobreza, razão por que quase a metade recebe cesta básica da Funai ou da Funasa
(Fundação Nacional da Saúde).
Isso quer dizer que eles nem plantam nem caçam o
que comem: vivem da caridade estatal — e em condições precárias. Além disto,
64% dos índios são beneficiários do Programa Bolsa Família.
Fica difícil
entender a razão da submissão de nossos últimos governantes a interesses
externos, claramente lesivos aos interesses nacionais, capazes de provocar a
“balcanização” do Brasil.
(*) Membro do Conselho Diretor do
CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e da Academia Nacional de
Economia e Autor do livro Brasil Soberano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário