Indígenas ignoram Justiça Federal
e saqueiam propriedade em MS
Assessoria de Comunicação do
Sistema Famasul
Estavam encapuzados e utilizaram
rojões e pedaços de madeira, enquanto outros dois grupos bloqueavam as estradas
que dão acesso à propriedade
Apesar da determinação da Justiça
Federal, para que os indígenas permaneçam em 100 hectares da Fazenda Cambará,
localizada em Iguatemi, o produtor rural Osmar Bonamigo teve a sede da
propriedade invadida e saqueada por Guaranis Kaiowá.
O mesmo grupo que invadiu
a área da fazenda no ano passado, avançou para a sede nesta segunda-feira (5)
e, segundo Boletim de Ocorrência registrado na delegacia do município, furtou
pertences da família. A Força Nacional e a Polícia Federal (PF) vistoriaram o
local na manhã de hoje (6), depois que os indígenas se retiraram.
De acordo com o advogado do
produtor, Armando Albuquerque, o BO e os documentos referentes ao crime serão
apresentados à desembargadora federal do Tribunal Regional Federal 3ª Região,
Cecília Mello, relatora do processo na segunda instância. O advogado do
produtor também afirma que a PF investigará o caso. “A Polícia Federal
fotografou o local e fará busca dos objetos roubados”.
Como em outras invasões, os
indígenas estavam encapuzados e utilizaram rojões e pedaços de madeira,
enquanto outros dois grupos bloqueavam as estradas que dão acesso à
propriedade. O caseiro, que também teve bens subtraídos, foi expulso com sua
família e buscou abrigo em propriedade vizinha.
A Fundação Nacional do Índio
(Funai) formou grupos de estudos – primeiro passo do processo demarcatório –
para análise de três novas terras indígenas na região, a Iguatemi-Pegua I, II e
III. A Terra Indígena Iguatemi-Pegua I, com portaria já publicada, abrange área
de 41,5 mil hectares, o que equivale a 14% do município de Iguatemi.
As Terras
Indígenas Iguatemi-Pegua II e III, caso publicadas, abrangerão 5% de Amambai,
25,2% de Paranhos, 28,9% de Tacuru, além de 53,1% de Coronel Sapucaia, em um
total de 159,8 mil hectares.
A Federação da Agricultura e
Pecuária de MS (Sistema Famasul) entregou no início do ano à presidente da
República, Dilma Rousseff, documento relatando o impacto da demarcação dessas
terras à economia do Estado.
A área inclusa nos estudos da Funai corresponde a
21% do território sul-mato-grossense e gera 25% do Produto Interno Bruto (PIB)
do Estado, que conta com 66 propriedades invadias.
Amanhã (07), o presidente da
Federação, Eduardo Riedel, participa de reunião agendada com o Ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo, para tratar das invasões.
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