sábado, 3 de maio de 2014

O "incansável guerrilheiro" do CIMI vencido pela morte


Seu ideal religioso: direitos humanos, CPT, MST, índios...


Ele foi fundador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Em sua página na internet, neste sábado, 3, o Cimi lamentou a perda: “Disse-nos adeus o incansável guerrilheiro das grandes causas da humanidade”.


O CIMI destacou as inúmeras vezes em que o religioso percorreu o Brasil apoiando as reivindicações dos povos indígenas em defesa dos seus territórios e das suas formas de vida originais.
O bispo foi referência de resistência durante o regime militar, fazendo uma defesa radical da comunidade indígena e da Reforma Agrária socialista e confiscatória, que aliás desrespeitava dois Mandamentos da Lei de Deus, "não roubar" e "não cobiçar as coisas alheias"... 
Foi agraciado com o Prêmio Nacional de Direitos Humanos em 2012 (categoria homenagem especial) e recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Católica de Goiás por sua luta pela cidadania e direitos humanos. 
Recentemente, quando as doenças agravaram, entre as personalidades que telefonaram para d. Tomás esteve o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Era mestre em Teologia, em Antropologia e Linguística Indígena pela Universidade de Brasília, e continuava na ativa, como conselheiro permanente da CPT e padrinho honorário do Cimi. 


Marília Assunção - Especial para o Estado de S. Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário