Seu ideal religioso: direitos humanos, CPT, MST, índios...
Ele foi fundador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e da
Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Em sua página na internet, neste sábado, 3, o Cimi lamentou a perda:
“Disse-nos adeus o incansável guerrilheiro das grandes causas da humanidade”.
O CIMI destacou as inúmeras vezes em que o religioso percorreu o
Brasil apoiando as reivindicações dos povos indígenas em defesa dos seus
territórios e das suas formas de vida originais.
O bispo foi referência de resistência durante o regime militar, fazendo
uma defesa radical da comunidade indígena e da Reforma Agrária socialista e confiscatória, que aliás desrespeitava dois Mandamentos da Lei de Deus, "não roubar" e "não cobiçar as coisas alheias"...
Foi agraciado com o Prêmio Nacional de Direitos Humanos em 2012
(categoria homenagem especial) e recebeu o título de Doutor Honoris Causa da
Universidade Católica de Goiás por sua luta pela cidadania e direitos humanos.
Recentemente, quando as doenças agravaram, entre as personalidades que telefonaram para d. Tomás esteve o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Era mestre em Teologia, em Antropologia e Linguística Indígena pela
Universidade de Brasília, e continuava na ativa, como conselheiro permanente da
CPT e padrinho honorário do Cimi.
Marília Assunção - Especial para o Estado de S. Paulo
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