Um verme
insulta o Sol
Hélio Dias Viana
Talvez irado com o andamento do
recente Sínodo dos Bispos sobre a Família, do qual esperava que a Igreja
abolisse o pecado — pretensão vã e mirabolante, pois disso nem o Papa é capaz
—, um verme lançou contra o Criador do Céu e da Terra, de todas as coisas
visíveis e invisíveis, inclusive dos próprios vermes que se movem sob o solo, a
pior das blasfêmias. Ele o fez em sua coluna no jornal “O Globo” (22-10-2014),
perguntando se Deus é homossexual, e assinou: Frei Beto.
Perfeitíssimo, onisciente e
todo-poderoso, enquanto suas criaturas viverem, Deus Se debruça sobre elas, na
esperança de poder salvá-las. O pressuposto é que renunciem à sua impiedade,
entre outras coisas não mais levantando a menor interrogação blasfema entre o
Criador de perfeições infinitas e a conduta pecaminosa dos habitantes de Sodoma
e Gomorra, punidos exemplarmente pela justiça divina com fogo descido do Céu.
Tal ofensa, pública e gravíssima,
obriga outra criatura — que se reconhece um “vermezinho e miserável pecador”,
como diz o grande São Luiz Grignion de Montfort em sua consagração a Nossa
Senhora — a elevar a Deus um ato de reparação, o qual se torna ainda mais
necessário porque o agravo foi feito por alguém que ainda ousa dizer-se católico,
apesar de professar doutrinas e propugnar práticas diametralmente opostas à da
Santa Igreja. Pior, que o faz utilizando um título religioso com o qual não se
identifica.
A pergunta que fica é a de até quando
pessoas como ele continuarão a falar e agir impunemente como se católicas
fossem, confundindo assim o rebanho de Nosso Senhor Jesus Cristo, tão carente
de zelosos Pastores para os quais entre a verdade e o erro, o bem e o mal, a
luz e as trevas não pode existir terreno comum.
Hélio Dias Viana é escritor e
colaborador da ABIM
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