Movimentos sociais venezuelanos
assinam convênio com o MST
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SÃO PAULO — O ministro
para Comunas e Movimentos sociais da Venezuela, Elias Jaua, cuja babá foi presa
em São Paulo ao tentar ingressar no país com uma arma guardada em uma maleta,
assinou um convênio com o MST, conforme
ele mesmo definiu, “para fortalecer o que é fundamental em uma revolução
socialista”.
O convênio, de acordo com o MST, prevê estritamente cursos de
formação na área de produção agrícola. O acordo foi firmado
no final do mês passado na sede da Escola Nacional Florestan Fernandes, do
movimento sem-terra, em Guararema, a 80 quilômetros de São Paulo. A escola
promove cursos de formação política e técnica para movimentos sociais do Brasil
e da América Latina.
Em discurso em Guararema, Jaua, que foi chanceler do
ex-presidente Hugo Chávez, afirmou:— Firmar esse
convênio para incrementar a capacidade de intercâmbio de experiências, de
formação, para fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista, que
é a formação da consciência e da organização do povo para defender o que já foi
conquistado e seguir avançando na construção de uma sociedade socialista.
A declaração foi
divulgada pela TV venezuelana Telesur, que recebeu o convênio firmado com o MST
como uma iniciativa para desenvolver a economia comunitária.
Segundo Jaua, a babá
Yaneth Anza viajara ao Brasil para auxiliar o ministro nos cuidados com a mulher
dele, internada em um hospital de São Paulo. O líder do PSDB na
Câmara, Antônio Imbassahy (BA), protocolou na sexta-feira passada no Ministério
da Justiça e na procuradoria regional de São Paulo um pedido de abertura de
investigações sobre possível prática de crime contra a segurança nacional e
contra a ordem política e social cometido pelo ministro venezuelano.
O tucano
destaca que, além da arma, a suposta babá estava com documentos de “doutrinação
política e ideológica”. Observou ainda que o ministro Elias Jaua Milano estava
no Brasil para fechar acordos com o MST. O Ministério da
Justiça afirmou que está avaliando o pedido feito pelo líder do PSDB, mas que
não há prazo para responder ao parlamentar.
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