terça-feira, 4 de novembro de 2014

Venezuela: MST "fortalecerá" a revolução socialista


Movimentos sociais venezuelanos 


assinam convênio com o MST 



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SÃO PAULO — O ministro para Comunas e Movimentos sociais da Venezuela, Elias Jaua, cuja babá foi presa em São Paulo ao tentar ingressar no país com uma arma guardada em uma maleta, assinou um convênio com o MST, conforme ele mesmo definiu, “para fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista”. 

O convênio, de acordo com o MST, prevê estritamente cursos de formação na área de produção agrícola. O acordo foi firmado no final do mês passado na sede da Escola Nacional Florestan Fernandes, do movimento sem-terra, em Guararema, a 80 quilômetros de São Paulo. A escola promove cursos de formação política e técnica para movimentos sociais do Brasil e da América Latina. 

Em discurso em Guararema, Jaua, que foi chanceler do ex-presidente Hugo Chávez, afirmou:— Firmar esse convênio para incrementar a capacidade de intercâmbio de experiências, de formação, para fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista, que é a formação da consciência e da organização do povo para defender o que já foi conquistado e seguir avançando na construção de uma sociedade socialista.

A declaração foi divulgada pela TV venezuelana Telesur, que recebeu o convênio firmado com o MST como uma iniciativa para desenvolver a economia comunitária.


Segundo Jaua, a babá Yaneth Anza viajara ao Brasil para auxiliar o ministro nos cuidados com a mulher dele, internada em um hospital de São Paulo. O líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), protocolou na sexta-feira passada no Ministério da Justiça e na procuradoria regional de São Paulo um pedido de abertura de investigações sobre possível prática de crime contra a segurança nacional e contra a ordem política e social cometido pelo ministro venezuelano. 

O tucano destaca que, além da arma, a suposta babá estava com documentos de “doutrinação política e ideológica”. Observou ainda que o ministro Elias Jaua Milano estava no Brasil para fechar acordos com o MST. O Ministério da Justiça afirmou que está avaliando o pedido feito pelo líder do PSDB, mas que não há prazo para responder ao parlamentar.



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