... Dilma voltou a afirmar que a escalada da inflação tem duas causas: a crise global e
a seca.
Errar uma vez é coisa da vida. Mas insistir no erro é
incompreensível.
Não há como apontar a crise mundial como produtora da inflação nacional. Há
cinco anos, os preços nos países industrializados estão oscilando entre zero e
três por cento ao ano, como se pode conferir no gráfico abaixo.
O grande risco
temido pelos grandes bancos centrais não é a inflação, mas a deflação.
Temem a
deflação porque ela derruba a arrecadação, aumenta automaticamente o
endividamento e tende a criar ainda mais recessão porque empresas e famílias
procuram adiar as compras, uma vez que esperam preços mais baixos à frente.
Se há pressão externa sobre os preços internos é de baixa, e não de alta. As
cotações das commodities vêm mergulhando há três anos e as do petróleo, há um
ano.
Apenas para manter no ar o argumento escapista, a presidente Dilma alega
que a iminência da alta de juros nos Estados Unidos provocou a alta do dólar no
câmbio interno, fator que encareceu em reais os produtos importados.
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