Produto da Serra da Canastra recebe medalha de
prata em concurso com
mais de
600 concorrentes no país europeu
Minas Gerais está a cada dia se consolidando mais no roteiro mundial.
Esta semana, um feito inédito chamou a atenção para a Região da Serra da
Canastra. Um queijo produzido na região, na fazenda Estância Capim Canastra,
ganhou sua primeira medalha de prata em uma competição internacional.
A
competição Mondial du Fromage de Tours foi realizada na França, no início da
semana, e avaliou mais de 600 tipos de queijo. A categoria vencida pelo queijo
mineiro foi a de massa prensada não cozida de leite cru de vaca.
O produtor do queijo medalhista, Guilherme Ferreira, comemorou a conquista e
disse que ela veio em boa hora. “É um reconhecimento histórico. Eu não
imaginava que o queijo que a gente fabrica poderia chegar a um lugar desses.
Acredito que essa premiação vá incentivar os produtores do canastra na região,
para que corram atrás e regularizem sua produção para poder vender para todo o
país”, afirma.
O produtor atribui o sucesso no
concurso ao resgate do gado Caracu, ao tipo de solo com minerais e água pura da
região. A competição organiza os queijos em pratos que são identificados apenas
por um número, sem informar a origem.
O queijo foi levado para a competição por
um produtor mineiro que foi ao país para fazer um curso de afinação de queijos.
Junto com o produto da Estância Capim Canastra, outros sete tipos feitos no
Brasil foram escolhidos para participar da competição.
A medalha de prata na França garantiu à Estância Capim Canastra aumento na
demanda do produto e consequentemente, agregar valor à iguaria. O queijo que
antes era vendido a R$ 35 o quilo agora passa a ser comercializado a R$ 45. E
as pessoas que quiserem consumir o queijo medalista vão ter que aguardar.
Até
ontem, a lista de espera para adquirir o produto era de 20 dias. A produção na
fazenda é de 20 peças de um quilo por dia e Guilherme garante que não tem a
intenção de aumentar essa escala.
“Não quero aumentar a produção, mas sim
ajudar os outros produtores da região, fazendo com que eles entendam a
importância de conseguir a certificação para comercializar os queijos”,
ressaltou.
Fonte: Estado de Minas
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