... em porta
de hotel de Brasília
Brasília, 17 jul (EFE).- Cerca de 50 militantes do MST se reuniram na sexta-feira passada em frente ao
hotel de Brasília no qual estava hospedado o presidente da Venezuela, Nicolás
Maduro, e receberam como recompensa uma efusiva saudação do "digno
herdeiro de Hugo Chávez".
Maduro estava na capital federal para participar
da Cúpula do Mercosul e, antes de partir para o encontro com os demais
presidentes dos países do bloco, "driblou" seus próprios seguranças
para cumprimentar alguns dos participantes da manifestação.
Os integrantes do
MST, que seguravam bandeiras do país vizinho e fotos do falecido ex-presidente
venezuelano Hugo Chávez, foram ao delírio com a aproximação de Maduro, que
saudou a multidão com gritos de "Viva Chávez! Viva Brasil!". "O
MST sempre tem prestado solidariedade ao povo da Venezuela devido à
solidariedade que o povo venezuelano presta ao mundo inteiro. Principalmente
aos povos mais pobres da região", afirmou à Agência Efe Alexandre
Conceição, coordenação nacional do MST.
Conceição aproveitou a ocasião para
mostrar sua rejeição a uma ordem executiva assinada pelo presidente Barack
Obama que declarou a Venezuela uma ameaça à segurança dos Estados Unidos.
"A grande ameaça que existe é o império norte-americano, que não ameaça só
a Venezuela, mas a própria soberania brasileira. Eles querem tomar conta do pré-sal
e da biodiversidade da Amazônia", comentou Conceição.
Além dos brasileiros
do MST, também havia venezuelanos na pequena, mas calorosa manifestação, entre
eles Ricardo Hung, diretor do movimento de diversidade sexual Alianza Lambda,
que participou dos três dias da Cúpula Social do Mercosul e aproveitou a
presença em Brasília para apoiar Maduro.
"Viemos saudar nosso presidente
Maduro, digno herdeiro do legado de Chávez. E também ver nossa presidente
emocional e afetiva, Cristina Kirchner, que é uma líder em matéria de direitos
da diversidade sexual", contou Hung, que foi cumprimentado pessoalmente
por Maduro antes que o presidente entrasse no carro oficial.
Hung e os demais
manifestantes tiveram menos sorte no hotel ao lado, onde também se aglomeraram,
na companhia de jovens peronistas argentinos, para manifestar à presidente da
Argentina, Cristina Kirchner, o mesmo carinho que reservaram para Maduro.
No
entanto, Cristina foi mais fria com a multidão e apenas acenou brevemente antes
de entrar no carro que a conduziria ao Palácio Itamaraty para a 48 Cúpula do
Mercosul. Nada que tirasse a felicidade de Hung. "Não importa, eu fico
muito emocionado de qualquer forma, porque a voz dela ecoa na América Latina em
defesa da comunidade LGBT", comemorou o venezuelano. EFE rsd/id
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