América do Sul pode derrotar a fome no mundo
Por Luis Dufaur
Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador e
México produzem 82% do total continental de proteína animal. A liderança desses
países será decisiva nos anos vindouros
No ano 2020, a Argentina poderá estar alimentando 600 milhões de pessoas
no mundo, segundo o Ministério de Agricultura do país vizinho, noticiou“Clarín” de Buenos Aires.
Esse patamar está ao alcance das mãos se incorporadas as novas
tecnologias existentes. Atualmente, embora com uso limitado dessas tecnologias,
a Argentina é o país que produz mais alimentos per capita no mundo.
Inúmeras inovações nas comunicações estão à disposição do produtor, como
imagens de satélites, sensores e modelos que predizem eventos climáticos ou
permitem adiantar safras, sensores eletrônicos para os grãos e software para
estocagem, etc.
Os problemas do agronegócio argentino são análogos aos do brasileiro.
Entre eles a hostilidade e o descaso de anos de governo populista peronista
“bolivariano”, que flagelou os produtores da agropecuária.
A Argentina perde 16 milhões de toneladas de alimentos por ano, ou 12,5%
da produção alimentar nacional, por abandono das estrutura básicas.
Segundo o Conselho Latino-americano de Proteína Animal (Colapa), a
Argentina produz anualmente mais de 17 milhões de toneladas de proteína animal,
o maior produtor do continente e um dos máximos do mundo, apesar de a pecuária
ter sido hostilizada ideologicamente por governos populistas.
Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador e México produzem 82%
do total continental de proteína animal. A liderança desses países será
decisiva nos anos vindouros, quando por volta de 2050 a população mundial
poderá atingir 9 bilhões de pessoas, demandando mais 200 milhões de toneladas
extras.
Nossos países porém apresentam potencial para “romper o ciclo da pobreza e da
insegurança alimentar” mundial, segundo a FAO, acrescentou o “Clarín”.
A verdadeira esperança dos famintos do mundo reside no colossal
potencial agrícola da América do Sul.
Mas não faltam os autoproclamados “defensores e arautos dos pobres”,
que dos ministérios, púlpitos, cátedras universitárias e redações pregam contra
os produtores rurais, a propriedade privada e a livre iniciativa, que, se
deixados em liberdade, com certeza afastariam o espectro da fome dos mais necessitados
da terra.
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