Esquerda católica sustenta
falso mito
Gregorio
Vivanco Lopes
Enquanto o chamado Movimento dos Trabalhadores Rurais
sem Terra (MST) vai perdendo a credibilidade (se é que algum dia a teve) entre
os próprios homens do campo, a esquerda católica se obstina em defender com
unhas e dentes os restos de prestígio desse movimento subversivo.
Nascido das entranhas poluídas da “Teologia da Libertação”
como movimento auxiliar da revolução social comunista, o MST recentemente
resolveu ficar ecologista, para estar aggiornato
com a última moda das esquerdas. De vermelho virou verde, como um esperto
camaleão.
Mesmo assim, está difícil pegar. Como isso “não cola”,
a propaganda tem insistido em promover o personagem que foi escolhido para ser
o símbolo do MST, o marxista João Pedro Stédile.
Alguns dados sobre ele – suas ligações com a esquerda
católica e sua adesão ao ecologismo – nos são fornecidos em interessante artigo
“O Natal de Stédile”, do jornalista Mario Sergio Conti, publicado no blog leonardoboff.com
(22-12-15). Sintomático o trecho que abaixo reproduzimos.
* * *
“O Brasil é o país que abriga o maior
rebanho católico do mundo. Entre eles está João Pedro Stédile, dirigente do
Movimento dos Sem Terra. Ele é primo de Dom Orlando Dotti, bispo de Vacaria, no
Rio Grande do Sul, e de vários frades capuchinhos. Os primos párocos marcaram a
sua formação franciscana, que considera ‘mais atual do que nunca’.
“Stédile sustenta que o líder religioso
da hora, o papa Francisco, ‘tem um comportamento revolucionário’. O pontífice,
disse ele no intervalo de uma peregrinação pelo interior paulista, ‘teve uma
experiência política no peronismo, é um nacionalista que defende os pobres e é
contra o abuso do capital’.
“Para ele [Stédile], a encíclica papal
sobre o meio ambiente ‘é uma obra histórica maior do que dez COP21, a
conferência da ONU sobre o clima, que não serviu para nada’.
“O MST se atualizou na teoria e na
prática nos últimos anos. O movimento, diz Stédile, é contra a ‘reforma agrária
burra’, que só se preocupa com a divisão dos latifúndios. Advoga que a
agricultura produza alimentos saudáveis para o povo, em vez de exportar
commodities. Prega a ‘agroecologia’, técnicas de cultivo que não vitimem a
natureza.
“Ele também se insurgiu contra o
machismo, disseminado no meio rural, inclusive no MST. O movimento conseguiu
que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o Incra, passasse a
entregar títulos de propriedade a casais de sem-terra gays.”
* * *
O realce de Stédile lhe vem do apoio que
recebe da esquerda católica e de certas tubas midiáticas. Ora, que pessoas e
movimentos que se dizem católicos, se obstinem em propagandear e patrocinar tal
homem e tal movimento, quando este último visivelmente já declina, põe em
evidência quão perniciosa tem sido para o Brasil a atuação da corrente
denominada “esquerda católica”.
E a utilização para tão funesta empresa do
sagrado nome de “católico” só pode provocar indignação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário