terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Falso mito da esquerda católica



Esquerda católica sustenta falso mito
Gregorio Vivanco Lopes
Enquanto o chamado Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) vai perdendo a credibilidade (se é que algum dia a teve) entre os próprios homens do campo, a esquerda católica se obstina em defender com unhas e dentes os restos de prestígio desse movimento subversivo.
Nascido das entranhas poluídas da “Teologia da Libertação” como movimento auxiliar da revolução social comunista, o MST recentemente resolveu ficar ecologista, para estar aggiornato com a última moda das esquerdas. De vermelho virou verde, como um esperto camaleão.
Mesmo assim, está difícil pegar. Como isso “não cola”, a propaganda tem insistido em promover o personagem que foi escolhido para ser o símbolo do MST, o marxista João Pedro Stédile.
Alguns dados sobre ele – suas ligações com a esquerda católica e sua adesão ao ecologismo – nos são fornecidos em interessante artigo “O Natal de Stédile”, do jornalista Mario Sergio Conti, publicado no blog leonardoboff.com (22-12-15). Sintomático o trecho que abaixo reproduzimos.
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“O Brasil é o país que abriga o maior rebanho católico do mundo. Entre eles está João Pedro Stédile, dirigente do Movimento dos Sem Terra. Ele é primo de Dom Orlando Dotti, bispo de Vacaria, no Rio Grande do Sul, e de vários frades capuchinhos. Os primos párocos marcaram a sua formação franciscana, que considera ‘mais atual do que nunca’.
“Stédile sustenta que o líder religioso da hora, o papa Francisco, ‘tem um comportamento revolucionário’. O pontífice, disse ele no intervalo de uma peregrinação pelo interior paulista, ‘teve uma experiência política no peronismo, é um nacionalista que defende os pobres e é contra o abuso do capital’.
“Para ele [Stédile], a encíclica papal sobre o meio ambiente ‘é uma obra histórica maior do que dez COP21, a conferência da ONU sobre o clima, que não serviu para nada’.
“O MST se atualizou na teoria e na prática nos últimos anos. O movimento, diz Stédile, é contra a ‘reforma agrária burra’, que só se preocupa com a divisão dos latifúndios. Advoga que a agricultura produza alimentos saudáveis para o povo, em vez de exportar commodities. Prega a ‘agroecologia’, técnicas de cultivo que não vitimem a natureza.
“Ele também se insurgiu contra o machismo, disseminado no meio rural, inclusive no MST. O movimento conseguiu que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o Incra, passasse a entregar títulos de propriedade a casais de sem-terra gays.”
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O realce de Stédile lhe vem do apoio que recebe da esquerda católica e de certas tubas midiáticas. Ora, que pessoas e movimentos que se dizem católicos, se obstinem em propagandear e patrocinar tal homem e tal movimento, quando este último visivelmente já declina, põe em evidência quão perniciosa tem sido para o Brasil a atuação da corrente denominada “esquerda católica”.

E a utilização para tão funesta empresa do sagrado nome de “católico” só pode provocar indignação.

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