Francisco, movimentos "populares" e
cheque em branco
Gonzalo Guimaraens –
Destaque Internacional
5 de
novembro 2016: Papa Francisco, no Auditório Paulo VI (Vaticano), no III
Encontro Mundial dos Movimentos Populares
Ao
tentar revitalizar as combalidas esquerdas latino-americanas,
desacreditadas
por fragorosas e sucessivas derrotas, o
Papa Francisco reafirma a cada dia o
caminho esquerdista de seu Pontificado
e parece querer assumir o papel de líder
revolucionário. Com
essa postura, que compromete seriamente o seu
prestígio e
decepciona um número cada vez maior de católicos,
não se sabe realmente aonde
ele deseja
chegar, pois, ao mesmo tempo, parece esquecer-se do drama do povo
cubano, escravizado por 50 longos anos de ditadura comunista.
Com
um discurso empolgado para 170 agitadores sociais de mais de 65 países dos
cinco continentes, o Papa Francisco concluiu no dia 5 de novembro, no Auditório
Paulo VI, no Vaticano, o III Encontro Mundial dos Movimentos Populares (no
final, o link para a íntegra de tal discurso).
No Encontro, o líder marxista do MST,
Stédile,
cumprimenta o Papa
Ele
se referiu aos agitadores comuno-católicos João Pedro Stédile, chefe do MST e
promotor de violência no Brasil, e Juan Grabois, do “movimento de trabalhadores
excluídos” e incentivador de violência nas periferias de Buenos Aires, na
Argentina, chamando-os “poetas sociais” e “seguidores de Jesus”.
Em
seguida, deu-lhes um “cheque em branco” para promoverem a revolução social: “Faço
meu o grito de vocês”, disse textualmente o Pontífice.
Participou do Encontro o ex-presidente
e ex-guerrilheiro José Mujica, do movimento terrorista Tupamaros, que assolou o
Uruguai nas décadas de 60 e 70.
Após
sussurrar uma discreta ressalva — “talvez não estejamos de acordo com
tudo” —, sugeriu-lhes deixar de lado “certos nominalismos
declaratórios, que são belas frases, mas que não conseguem sustentar a vida de
nossas comunidades”, e partir para a agitação contra os atuais sistemas
socioeconômicos, que qualificou de “terroristas”. Em seguida, convocou os
“movimentos populares” a não aceitarem e não se deixarem “desmobilizar” por
“implantes cosméticos” ou “planos assistenciais”, a não se deixarem “conduzir
como gado” e a rechaçarem a “tentação da canga”, que reduziria os agitadores a
um papel de “atores secundários”.
De
modo difícil de entender, o Papa Francisco reafirma o rumo esquerdista de seu
Pontificado, em momentos em que as esquerdas latino-americanas estão sofrendo
fragorosas derrotas.
O Papa parece desejar assumir um papel de líder
revolucionário, tentando revitalizar as esquerdas latino-americanas que estão
caindo no maior descrédito.
Realmente, não se sabe aonde ele pretende chegar
com essa insistência em apoiar as esquerdas, comprometendo seriamente o
prestígio de seu Pontificado e causando decepção em inúmeras pessoas.
Ao mesmo
tempo, ele parece se esquecer do drama do povo cubano, escravizado ao longo de
meio século de ditadura comunista.
Delegação do Brasil no Encontro no
Vaticano com os dizeres “Fora Temer”
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