quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Coreia do Norte: o crime de Estado financia cataclismo universal


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Pesadelo chinês






William Chan, do Serviço Secreto de EUA, e Ross Bautista, diretor do National Bureau of Investigation, mostram notas falsificadas

Como faz a Coreia do Norte, reduzida à máxima miséria pelo socialismo, para financiar um custosíssimo programa nuclear que poderia empurrar o mundo para um cataclismo jamais visto?
  


A fórmula é simples, mas tenebrosa: Pyongyang recorre a múltiplas formas de crime organizado para encher seus cofres, segundo noticiou “La Nación” de Buenos Aires. 

O regime imprime dólares e yuanes falsos, pratica “assaltos bancários cibernéticos”, dirige um intenso comercio internacional ilegal, fabrica mercadorias falsificadas e exporta mão-de-obra para seu máximo protetor: a China, também socialista.

“O regime norte-coreano consagra dez bilhões de dólares anuais ao seu programa nuclear. Essa cifra representa entre 20% e 25% do PBI, que oscila entre 30 e 40 bilhões”, afirma a geoestrategista francesa Valérie Niquet, especialista da Fundação para a Investigação Estratégica (FRS). 
“A maior parte provém de atividades ilícitas”, explicou.

Num assalto cibernético em 2016, o Banco Central de Bangladesh foi lesado por Pyongyang em 81 milhões de dólares, duas terças partes dos quais (51 milhões) foram “lavados” pelos cidadãos chineses Ding Shizue e Gao Shuhua em dois casinos de Manila.

A empresa de segurança informática Kaspersky Lab detectou que o “golpe” foi dado por Bluenoroff, filial especializada em ciberataques do grupo Lazarus, que opera a serviço de Pyongyang. 

Segundo a Symantec, especialista em segurança, a Coreia do Norte também esteve implicada no ataque informático gigante com o vírus WannaCry, que paralisou em maio mais de 300.000 computadores em 150 países.

As sanções econômicas votadas pela ONU foram burladas pelo regime de Kim Jong-un. 

Pyongyang obtém três bilhões de dólares com exportação, sem nunca apresentar dificuldade para obter as matérias-primas e os componentes necessários para seus programas nucleares e balísticos.

Os motores dos mísseis intercontinentais, capazes de atingir a Califórnia, usam motores vendidos ilegalmente por KB Iujnoie, uma empresa da Ucrânia que os produzia para o exército soviético, denunciou o prestigioso Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), de Londres.

A China é o principal cliente da Coreia do Norte na compra de minério de ferro, areia e pedra, além de produtos químicos, óleo de soja, têxteis e frutos do mar.
“O total das exportações ilegais ascende a dois bilhões de dólares por ano”, precisa o investigador Kent Boydston, em trabalho para o Peterson Institute for International Economics.

A CIA e várias agências de inteligência europeias acham que o comunismo norte-coreano exportou para o Paquistão e o Irã materiais “sensíveis” usados em programas nucleares e balísticos.

Uma das mais cruéis atividades ilícitas é a exportação de mão-de- obra. Em 2016, cerca de 60.000 operários foram enviados à China, à Rússia e ao Meio Oriente.

Os ordenados representaram perto de 200 milhões de dólares e foram girados a entidades controladas pelo Estado, garante Go Myong-Hyun, analista do Asian Institute for Policy Studies.

Outro setor importante é a contrafação de produtos de luxo têxteis, perfumes ou marroquinaria, vendidos em todo o mundo. Também peças para carros, máquinas agrícolas e aviões, artigos eletrônicos, produtos alimentares enlatados e medicamentos falsos.



A especialidade é a falsificação de moeda. “A Coreia do Norte se especializou no fabrico de notas de 100 dólares”, denunciou o grupo dissidente North Korea Intellectuals Solidarity. 

Uma nova especialidade das gráficas norte-coreanas é o fabrico de yuanes, que estão sendo introduzidos na China, concluiu o jornal.

Fonte: Pesadelo chinês



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